Um menino de 2 anos morreu, nesta segunda-feira (15/2), após cair em uma cisterna, no município de Luziânia (GO). A criança foi atendida por militares do Corpo de Bombeiros, que fizeram o procedimento de ressuscitação cardiopulmonar na vítima, a caminho do hospital. No entanto, o bebê não sobreviveu.
O acidente aconteceu por volta das 17h. A mãe da criança havia chegado em casa e não encontrou o menino. Questionado pela companheira, o pai não soube dizer onde o filho estaria. O casal começou a procurar o bebê e encontrou o chinelo da vítima próximo ao poço da casa.
O pai do menino chegou a pular na cisterna — que tem cerca de oito metros de profundidade e água nos dois últimos metros — para tirar a criança. Enquanto o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) se dirigia ao endereço da ocorrência, a equipe encontrou o carro particular que transportava a criança a caminho do hospital.
O menino foi transferido para o carro da corporação, e os militares tentaram fazer reanimação cardiopulmonar na vítima, até a chegada à unidade de pronto-atendimento (UPA) da cidade goiana. O bebê não apresentava lesões ou escoriações, mas chegou inconsciente e sem movimentação torácica. Em seguida, a equipe de saúde atestou a morte da criança.
Fique atento
A equipe do Correio apurou com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) como prevenir esse tipo de acidente. Vale ressaltar que poços e cisternas são espaços confinados e de alto risco, nos quais os acidentes ocorrem de maneira rápida e pontualmente de modo silencioso.
Confira os pontos de atenção:
- No caso do poço ou a cisterna estarem ativas (com dejetos e/ou líquidos) em apenas dois minutos submersa, a criança perde a consciência. Após quatro minutos, danos irreversíveis ao cérebro podem ocorrer.
- Ainda podem ocorrer acidentes graves mesmo com o poço/cisterna vazios, em decorrência do baixo nível de oxigênio que é proporcionalmente menor conforme a profundidade aumenta, podendo causar asfixia evoluindo para um desmaio ou ainda em caso de queda causar fraturas e/ou hemorragias, que podem ser graves e levar a fatalidades.
- O perigo é potencializado no caso da criança por possuírem a cabeça mais pesada que o corpo, crianças com até quatro anos de idade ainda não têm força suficiente para se levantarem rapidamente sozinhas e nem mesmo capacidade de reagir em uma situação de risco.
- Por isso, em caso de queda ou desequilíbrio, elas podem se afogar até mesmo em recipientes com apenas 2,5 cm de água, ou seja, com muito menos volume de líquido que é normalmente encontrado em poços e cisternas.
Dicas de prevenção geral
- Nunca deixar crianças sozinhas quando estiverem próximas de locais desconhecidos e/ou com pouca circulação de pessoas, mesmo que seja por um curto período.
- Garanta que a criança seja supervisionada de forma ativa e constante por um adulto;
- Ensinar as crianças a andarem sozinhas, sem ninguém por perto, é perigoso;
- O poço/cisterna estar tampado para “evitar acidentes”, passa uma falsa segurança, pois as coberturas ou proteções podem não estar devidamente presas ou cobrindo integralmente a entrada do poço, ou ainda colapsar (rachar ou quebrar) a qualquer momento;
Em caso de acidente, ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros: 193.