“Motivo fútil”, afirmou o delegado-chefe da 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina), Fabrício Augusto Machado, responsável pelas investigações acerca do assassinato do estudante de direito João Victor Costa de Oliveira, 19 anos. O jovem, que sonhava em passar em um concurso público, teve os planos interrompidos, após se envolver em uma discussão com funcionários de um bar, na Vila Buritis.
Quatro pessoas apontadas como responsáveis pelo homicídio estão foragidas. Na manhã de ontem, policiais civis deflagraram uma operação e compareceram aos endereços vinculados aos criminosos, mas não os encontraram. Em ato de homenagem e pedido por Justiça, na tarde desse sábado (13/2), familiares e amigos farão uma carreata na região.
João Victor foi morto na madrugada de 5 de fevereiro, por volta de 1h. Ele e um amigo estavam em um bar de Planaltina, mas resolveram procurar outro estabelecimento para se divertirem. Enquanto caminhavam pela calçada, um homem, identificado como Edivan, passou em um Fox prata e começou a discutir com o estudante, sem nenhum motivo aparente, segundo informou o delegado. “Os dois não se conheciam. Um olhou para o outro e perguntou: ‘Está olhando o quê?’. Mas, logo depois, eles se entenderam e o motorista foi embora”, afirmou.
Edivan é funcionário de um bar da região e amigos de profissão dele souberam da briga e resolveram “tomar as dores” do colega. Em um Peugeot preto, Douglas Ferreira Boucher, 24, buscou Rodrigo Araújo, 32, e Romário Alves, 29. O quarto envolvido, identificado como Vitório Joaquim de Lima, 30, chegou em seguida, em uma moto. Segundo as investigações, os criminosos abordaram João e o agrediram na intenção de lhe dar “uma lição”. O estudante chega a desmaiar e é socorrido pelo amigo, que o carrega até um fast-food, a poucos metros do bar.
Não satisfeito, o grupo retorna e agride o jovem novamente. “O Vitório pega um capacete e dá um golpe na cabeça da vítima e ela cai no chão. Mesmo caído, Rodrigo dá dois chutes na cabeça de João, que desmaia e não mais acorda”, afirmou o delegado. Edivan, o homem que dirigia o Fox prata, chegou a prestar depoimento na delegacia um dia depois do crime, mas não ficou preso, pois constatou-se que ele não teve participação no homicídio.
Carreata
Morador do bairro Jardim Roriz, João Victor estava no começo do curso de direito e fazia estágio na área. O sonho era passar em um concurso público. Tranquilo e querido por todos, o jovem ganhará uma homenagem de amigos e familiares. Em pedido por Justiça e contra a violência, os presentes se concentrarão, às 16h desse sábado, em frente à Administração de Planaltina.