A greve convocada pelo Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do Distrito Federal (Sindsasc) para reivindicar a inclusão da categoria nos grupos de vacinação prioritária contra a covid-19 teve início na quinta-feira (4/2). No entanto, mesmo com a paralisação, os atendimentos continuam nas 81 unidades socioassistenciais vinculadas à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), segundo a pasta.
A Sedes calcula que, aproximadamente, 20% dos servidores pararam as atividades. Por outro lado, o Sindasc informou que a adesão chega a 70%. Apesar disso, as unidades de atendimento mantêm os serviços prestados à população. Confira a lista:
- 27 Centros de Referência de Assistência Social (Cras);
- 11 Centros de Referência Especializados em Assistência Social (Creas);
- Dois Centros POP;
- 14 Restaurantes Comunitários;
- Unidades de acolhimento;
- Unidade de proteção social 24h;
- Central de vagas;
- Centros de convivência.
Atualmente, o Distrito Federal tem cerca de 430 mil inscritos no Cadastro Único (CadÚnico). Muitas dessas pessoas, segundo a Sedes, buscam atendimento socioassistencial para solicitar a concessão de benefícios como o DF Sem Miséria e o Prato Cheio.
Corte de ponto
A Sedes informou que as unidades de atendimento receberam os equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários para continuidade dos atendimentos presenciais. Além disso, a secretaria publicou uma circular para comunicar aos servidores que não computará o horário de trabalho de quem aderir à greve. A pasta também orientou às chefias que informem, em folha de ponto, os profissionais que não comparecerem ao local de trabalho.
Em 14 de janeiro, durante reunião no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a Sedes apresentou um plano de imunização específico com três etapas, considerando a natureza do trabalho desenvolvido pelos servidores das instituições parceiras de assistência social.
O documento foi enviado à Secretaria de Saúde (SES-DF) cinco dias depois, segundo a pasta, mesma data em que começou a vacinação de idosos e cuidadores sociais nas instituições de acolhimento.
Pelo plano, na primeira etapa de vacinação, estariam idosos e pessoas com deficiência, assim como respectivos cuidadores. Em seguida, entrariam na fila as equipes de serviços funerários e do Serviço de Abordagem Social, que atendem pessoas em situação de rua.
Para a Sedes, a programação define grupos prioritários dentro da assistência social, apesar de só haver garantia da vacinação de todos os servidores a partir da liberação do cronograma da SES-DF.