Pandemia

Sedes cortará ponto de servidores que aderirem à greve

Assistentes sociais do DF requerem que sejam vacinados contra a covid-19

Depois dos servidores da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) iniciarem greve nesta quinta-feira (4/2), a pasta anunciou que vai cortar o ponto dos servidores que aderirem ao movimento. Os assistentes sociais requerem que a categoria seja inclusa no grupo prioritário que receberá a vacina contra a covid-19. 

São eles que são responsáveis por fazer cadastro das pessoas em programas sociais e trabalham um unidades de atendimento a pessoas em situação de rua. 

De acordo com a Sedes, a paralisação prejudica serviços essenciais à população. "A intenção é que a população não fique prejudicada com a decisão da categoria em paralisar as atividades, em especial os serviços socioassistenciais essenciais neste período de pandemia, como a inclusão no Cadastro Único e em programas sociais, como o Bolsa Família e Prato Cheio", afirma nota. De acordo com o Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc), 70% dos servidores aderiram ao movimento.

Segundo os gestores da Sedes, a categoria não apresentou dados que comprovem que o Governo do Distrito Federal pudesse incluir os servidores no plano de vacinação. Além disso, disseram que estão tomando as medidas de prevenção possíveis, "como instalação de barreiras de separação, aferição de temperatura na entrada das unidades e disponibilização de álcool em gel." 

A pasta também informou que 1.266 pessoas relacionadas à política de assistência social foram vacinadas contra a covid-19 e que há um plano dividido em etapas para a vacinação dos profissionais. "Na avaliação da Sedes, a necessidade recai, especialmente, em relação aos servidores que atuam no Serviço de Abordagem Social, Centro Pop e Serviço Funerário, além das pessoas acompanhadas nos serviços socioassistenciais que estejam nas regras de prioridades, como idosos e pessoas com deficiência atendidas nas instituições de acolhimento e a população em situação de rua", diz a pasta. 

Veja a nota completa 

A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) informa que não vai computar o ponto dos servidores que aderiram à greve decretada a partir da quinta-feira (4) passada. A pasta orientou às chefias que informem em folha de ponto aqueles servidores que não comparecerem ao local de trabalho.

A Sedes informa que, nessa quinta-feira (4), durante ato do Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultura (SINDSASC), o secretário executivo e o subsecretário de Administração Geral da pasta receberam os representantes do sindicato para ouvir as demandas apresentadas. Eles reivindicam de forma imediata a vacinação contra a Covid-19 para toda categoria, alegando que “a Secretaria de Saúde gastaria apenas 1% das doses disponíveis”, conforme boletim divulgado pelo colegiado. Mas, ao serem questionados, os sindicalistas não detalharam o cálculo feito para chegar a porcentagem pleiteada.

Na reunião, os gestores da Sedes explicaram que estão adotando as medidas cabíveis para a manutenção dos serviços, como instalação de barreiras de separação, aferição de temperatura na entrada das unidades e disponibilização de álcool em gel. A intenção é que a população não fique prejudicada com a decisão da categoria em paralisar as atividades, em especial os serviços socioassistenciais essenciais neste período de pandemia, como a inclusão no Cadastro Único e em programas sociais, como o Bolsa Família e Prato Cheio.

A pasta lembra que, nesta mesma quinta-feira (4), a equipe de gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) recebeu, o Sindicato, representantes da comissão de aprovados do concurso público e o deputado Reginaldo Veras (PDT). No encontro, foram apresentados dados referentes à vacinação dos servidores e do público atendido; além da atualização acerca do chamamento dos aprovados no certame.

De acordo com o secretário executivo da Sedes, Thiago Vinicius Pinheiro da Silva, até o momento cerca de 1.266 pessoas relacionadas à Política de Assistência Social foram vacinadas contra a Covid-19. “São cidadãos incluídos nos primeiros grupos prioritários”, explica. “Mais pessoas vão ser alcançadas nos próximos níveis de prioridade. Temos consciência que nosso maior ativo é o servidor”, completa.

Em relação à nomeação de servidores, 258 aprovados já foram convocados pela pasta. “Estamos em gestão contínua junto à Secretaria de Economia para novas nomeações”, esclarece o Subsecretário de Administração Geral, Rafael Tomaz de Magalhães Saud. “Elas estão ocorrendo de maneira fracionada”, lembra ao dizer que, em 22 de janeiro, 10 aprovados passaram a integrar o quadro efetivo da Sedes

O sindicato alega que não há qualquer formalização da Sedes em relação à vacinação de seus servidores. No entanto, a pasta, em 18 de janeiro, encaminhou um plano específico dividido em etapas, considerando a natureza do trabalho desenvolvido pelos funcionários públicos que atuam na execução direta dos serviços e nas instituições da rede complementar socioassistencial.

A ideia é que a 1ª etapa, que inclui cuidadores de idosos e equipes de abordagem às pessoas em situação de rua, ocorra neste momento inicial da imunização. As demais seriam ativadas conforme avaliação feita com a Secretaria de Saúde.

Em comunicado enviado à imprensa ,, a Sedesd isse que “considera de grande importância que os servidores da carreira de assistência social estejam na ordem prioritária do Plano Distrital de Vacinação Contra a Covid-19”. E ressaltou que isso atende a uma recomendação do Ministério Público.

Na ocasião, a própria secretária de Desenvolvimento Social,Mayara Noronha Rocha, defendeu a necessidade de incorporação dos trabalhadores da pasta no cronograma de imunização do GDF, durante reunião com a Secretaria de Saúde e representantes do Ministério Público, realizada na última quinta-feira (14/1)

Na avaliação da Sedes, a necessidade recai, especialmente, em relação aos servidores que atuam no Serviço de Abordagem Social, Centro Pop e Serviço Funerário, além das pessoas acompanhadas nos serviços socioassistenciais que estejam nas regras de prioridades, como idosos e pessoas com deficiência atendidas nas instituições de acolhimento e a população em situação de rua.