Na manhã desta sexta-feira (5), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a operação Sborone, consequência da investigação de uma organização criminosa de tráfico de drogas, com atuação no DF e em Goiás. O grupo, segundo os investigadores, é liderado por pai e filho, ambos moradors de Brasília.
A operação ocorreu por intermédio da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) e foram cumpridos mandados judiciais de sequestro de três imóveis: uma casa, um apartamento e uma chácara, localizados em Goiânia, Águas Claras e Brazlândia. Foram apreendidos nove veículos e cinco pessoas estão detidas.
Ainda foram expedidos 27 mandados de busca e apreensão para os estados de São Paulo, Santa Catarina, Goiás (Goiânia, zona rural de Cromínia, Aparecida de Goiânia e Luziânia), e para o DF– em Ceilândia, Samambaia e Águas Claras.
Investigações
As investigações começaram em maio de 2019, com foco no tráfico de drogas interestadual. A organização criminosa era responsável por abastecer a capital, especialmente a região de Ceilândia com carregamentos de entorpecentes.
Conforme investigado, os policiais tomaram conhecimento de que a atuação criminal se tratava de uma organização familiar liderada por pai e filho, ambos do DF. A corporação constatou, ainda, grande evolução patrimonial dos principais investigados e também dos demais associados. Alguns adquiriram, recentemente, imóveis, jet-skis e veículos de alto padrão.
Os bens adquiridos, em sua maioria, possuem titularidade em nome de terceiros. De acordo com os policiais, esse tipo de manobra é utilizada por organizações criminosas para ocultação de bens e lavagem de dinheiro obtido através do tráfico de drogas.
O esquema, segundo o delegado Paulo Francisco Soares Pereira, diretor da Divisão de Repressão às Drogas III da Cord, era milionário. "Nós conseguimos, através da obtenção de uma das provas, monitorar transações financeiras que giravam em torno de R$10 milhões, entre os anos de 2018 até metade de 2020, quando foi deflagrada uma operação no estado de Goiás que desmantelou uma organização criminosa responsável pelo trafico em Goiânia e arredores", ressalta.
Em fevereiro do ano passado, a Cord, com o apoio da Polícia Militar de Goiás (PMGO), apreendeu um carregamento de entorpecentes de, aproximadamente, 1,4 tonelada de propriedade dessa organização criminosa. Em junho de 2020, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou a Operação Barcelona, em que desestruturou uma das principais organizações criminosas do Centro-Oeste.
Na época, a PCDF obteve informações de que os líderes investigada pela Cord eram os principais associados do líder da organização criminosa goiana. No celular apreendido do líder da organização criminosa goiana, havia vasto conteúdo de mensagens relatando transações milionárias, aquisição de carregamentos de maconha, cocaína, Skank etc.
"A investigação, que ocorre em sigilo, aponta alto tráfico de cocaína pelos líderes da organização criminosa. Nós, da Cord, fizemos uma operação em fevereiro do ano passado e apreendemos uma quantidade expressiva de maconha que estava sendo transferida entre Mato Grosso e DF. Essa droga está vinculada a essa organização criminosa. Foi apreendido cerca de 1 kg da droga", explica o delegado.