A vacinação contra a covid-19 gerou incertezas dentro das unidades hospitalares, médicos que atuam com um fluxo de pacientes a todo o momento estão preocupados por não estarem sendo vacinados. No Hospital da Criança de Brasília, apenas os servidores da unidade de terapia intensiva (UTI) foram imunizados.
Ao ser questionado sobre a questão, o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, afirmou que aguarda uma lista a ser encaminhada pela gestão da unidade com o nome de todos os servidores que se enquadram no grupo prioritário.
"Quando a gente observa que tem um número muito grande (de servidores da saúde), precisamos racionalizar a utilização de acordo que vem o número de vacinas do Ministério da Saúde", explicou o secretário.
"Fizemos a solicitação para que a própria unidade possa fazer esse trabalho, porque eles têm o conhecimento de quem são os servidores que estão mais propensos a estar de frente com os pacientes que estão com o novo coronavírus. Eles estão retornando com essa lista com o nome e a justificativa para a gente fazer o atendimento correto", ressaltou Osnei.
O secretário da SES-DF explicou que os servidores receberam dose da vacina antes dos médicos da unidade porque são pessoas que fazem hora extra, o chamado trabalho em período definido (TPD), nas unidades de atendimento. "Eles estão em contato com o público em geral. A gente nunca sabe se aquela pessoa que está chegando para o atendimento tem covid-19 ou não. Então, é uma pessoa que está na linha de frente, sim. Apesar de ser do administrativo, às vezes faz o TPD em uma conta das nossas unidades. Não está tendo nada de irregularidade nisso", assegurou.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde. A pasta afirmou que a vacinação aos profissionais da linha de frente do Hospital da Criança de Brasília se iniciou. "Serão disponibilizadas mais doses para a unidade tão logo haja mais doses de vacinas disponíveis no DF", diz a nota enviada pela assessoria de imprensa.