A diretoria do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) e da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) se reúnem nesta, sexta-feira (26/2), para discutir sobre o toque de recolher no Distrito Federal, que foi implementado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) para conter a covid-19.
O presidente do Sindhobar, Jael Antônio, explica que, na reunião, serão discutidos mecanismos com objetivo de atuar para derrubar a medida restritiva. Ele diz que o decreto é péssimo para o setor: "mais uma vez nós somos penalizados como se fossemos o foco da contaminação, e nós não somos o foco da contaminação, basta você entrar nos ônibus, metrôs, feiras, supermercados, rodoviária, a cidade em si toda".
Nesta quinta-feira (25/2), Ibaneis anunciou que, a partir de segunda-feira (1º/3), todas as atividades econômicas ficarão suspensas das 20h às 5h, com exceção de serviços essenciais. Esta é a primeira vez que o DF tem uma iniciativa com foco em impedir a circulação de pessoas desde o início da pandemia do novo coronavírus.
Sindivarejista
Não foi apenas o Sindhobar que se manifestou contra o decreto. Em nota emitida pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista), Sebastião Abritta informa que o novo lockdown aumentará o desemprego no Distrito Federal. "Os donos de comércios estão muito preocupados com as restrições impostas pelo governo do DF. Iniciado em março, o primeiro lockdown causou a falência de 750 empresas locais e a demissão de 3.873 pessoas", afirma.
Sebastião Abritta disse que lojistas de shoppings estão muito apreensivos, "porque o seus estabelecimentos terão reduzida em duas horas a carga de funcionamento e todos têm condomínio, aluguel, fundo de promoção, impostos e folha salarial para pagar. A situação é dramática e tende a piorar com as novas medidas".
Para o presidente do sindicato, o aumento dos casos de covid-19 na capital está atribuída a "excessos" cometidos por parte da população nos dias de carnaval. "Esperamos que haja mais conscientização e menos aglomeração em locais ditos públicos para que o comércio volte a funcionar dentro da normalidade, sem lockdown", ressalta.
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