Oferecendo apoio umas às outras e ao som de muito funk, gestantes do Centro Obstétrico do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) deram à luz os filhos, na sexta-feira (19/2). Com ajuda das músicas e de danças comandadas pelas enfermeiras da unidade, as novas mamães conseguiram relaxar e ter um parto natural.
Um dos que ocorreu nesse formato foi o de Alyne Cristina Gomes, 20 anos, que teve o segundo filho com "mais tranquilidade", segundo a jovem. "Se a dilatação não aumentasse, as enfermeiras queriam que eu fizesse cesárea. Fiquei um pouco sem graça na hora da dança, mas, logo depois, minha situação começou a melhorar, e eu entrei em trabalho de parto", relata.
Após a coreografia, as enfermeiras constataram que a dilatação do colo do útero passou de três para 10 centímetros, quando é possível a passagem do bebê. "A dança me ajudou bastante. No trabalho de parto, eu estava tensa, porque eu não estava dilatando. Só começou depois dos exercícios e com as músicas que elas colocaram", conta Alyne.
Ela deu à luz o filho Davi Gabriel, após 38 semanas de gestação. "Ele nasceu com 3,18kg. A dança foi na parte da tarde, quando duas enfermeiras do plantão da noite ajudaram muito. Foi diferente, porque eu nunca tinha visto aquilo. Tive meu primeiro filho com parto induzido (quando há antecipação do nascimento). Vou poder dizer ao meu filho que a dança o trouxe ao mundo", comemora Alyne que mora no Novo Gama. "Fiquei muito satisfeita por ter tido um parto tranquilo e por ser tão bem assistida pela equipe. Tive meus dois filhos no HRSM e estou muito satisfeita com o trabalho na unidade", completa.
Apoio
A enfermeira de home care Widna Carvalho Alves, 26, também estava no centro obstétrico, mas não a trabalho. Ele é uma das mães que deram à luz em ritmo de funk. Moradora de Santa Maria, a jovem conta que a dança foi um diferencial.
"Foi uma experiência ótima, porque a música ajudou muito a dilatar (o colo do útero). Quando cheguei ao hospital, fui internada com 5cm de dilatação. Demorou um tempo, e as enfermeiras colocaram a gente para dançar, o que foi fundamental. Acabei ganhando minha bebê muito mais depressa do que imaginava", conta Widna.
A enfermeira teve a filha, Maria Olívia, que nasceu com 3,3kg. "A dança dilatou (o colo do útero) tão rápido que a bolsa nem estourou. Tive o que chamamos de parto empelicado. O apoio da equipe de enfermagem foi excelente, desde que cheguei até o momento da dança, do parto, dos cuidados com a covid-19. É uma equipe realmente maravilhosa, que está de parabéns", acrescenta a enfermeira.
Parto humanizado
Atividades não medicamentosas como a dança, são recorrentes no Centro Obstétrico do HRSM, onde ocorrem 400 partos por mês, em média. Quem teve a ideia de descontrair o ambiente foi a enfermeira obstetra Camila Schenato, após constatar que as mães precisavam de um empurrãozinho.
Enquanto os profissionais de saúde faziam a coreografia, as mães e os acompanhantes repetiam os movimentos na área externa da unidade de obstetrícia, como forma de dar suporte às gestantes e de encorajá-las.
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