Mesmo após pouco mais de um mês do início da vacinação contra a covid-19 no Distrito Federal, restam algumas dúvidas a respeito do processo de imunização. É importante que perguntas como intervalo entre as doses, principais efeitos colaterais, necessidade de manutenção das medidas de proteção mesmo após a vacinação e duração da proteção contra a doença sejam sanadas, principalmente devido à alta circulação de informações falsas em redes sociais.
Além disso, foi descoberto nos últimos dias — conforme o Correio adiantou — que variantes do novo coronavírus estão em circulação no Distrito Federal desde o ano passado, sem contar que as aglomerações e festas durante o carnaval podem elevar novamente os números de casos e mortes pela doença no DF.
Na última quinta (18/2), a Secretaria de Saúde (SES-DF) lançou plataforma de agendamento da segunda dose da vacina, para pacientes que vão receber o reforço entre 22 e 26 de fevereiro.
Estão sendo vacinados atualmente:
- idosos com 79 anos ou mais;
- trabalhadores da rede pública de saúde, em todos os níveis de atenção;
- profissionais dos hospitais particulares,
-pacientes em home care, assistidos pela SES-DF, de alta complexidade, com suporte de ventilação mecânica;
- pacientes do Núcleo Regional de Atendimento Domiciliar (Nrad) internados em casa e acompanhados pelas equipes do Nrad da SES-DF;
- pessoas com deficiência institucionalizadas;
- idosos com 60 anos ou mais residentes em instituições de longa permanência;
- povos indígenas aldeados, trabalhadores dos serviços de atenção pré-hospitalar;
- pacientes em home care particular e
- resgatistas do Corpo de Bombeiros.
Desde o começo da campanha de imunização contra o novo coronavírus, até esta sexta (19/2), 116.267 brasilienses foram vacinados e 23.978 receberam o reforço da segunda dose da CoronaVac, segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF). A capital federal recebeu do Ministério da Saúde um total de 204,06 mil doses de imunizantes contra a doença, sendo 162.560 unidades da CoronaVac e 41,5 mil doses da Covishield.
Há expectativa de que o Ministério da Saúde envie mais doses na próxima terça-feira (23/2), mas a chegada de novas unidades de imunizante segue cheia de incertezas. Apesar da continuidade da vacinação, o número de imunizantes disponíveis em estoque para a primeira aplicação é de 11.762 doses — o suficiente, em média, para mais uma semana de atendimento.
Confira abaixo perguntas frequentes sobre as vacinas contra a covid-19, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS):
- Quanto tempo após tomar a vacina uma pessoa fica imunizada contra a covid-19? Para estimular a imunidade da pessoa contra o vírus, as vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil precisam de uma segunda dose e um período de tempo para que o organismo dê uma resposta imunológica protetora. Cada vacina tem orientações específicas, mas geralmente isto acontece após 10 a 20 dias depois da segunda dose.
- Uma pessoa que já teve covid-19 precisa ser vacinada? Sim. A vacina pode oferecer uma imunidade mais duradoura e trazer mais benefícios em relação à imunidade natural. Assim, as pessoas devem se vacinar independentemente de já terem sido infectadas ou não pelo novo coronavírus.
- As vacinas contra a covid-19 podem provocar algum efeito colateral? Durante a fase de testes das vacinas aplicadas no Brasil não foram detectados efeitos adversos graves. Em geral, as vacinas podem provocar vermelhidão e dor no local da aplicação e, às vezes, febre baixa. Essas reações leves costumam desaparecer em poucos dias.
- Posso tomar uma dose de vacina de um laboratório e receber a segunda de outro? O período desde o início da pandemia e o advento das vacinas é muito curto. Por isso, ainda não existem evidências sobre intercâmbio das vacinas no processo de imunização. Em princípio, se a vacina exige duas doses, estas devem ser da mesma vacina.
- Posso pegar covid-19 por causa da vacina? O vírus utilizado nas vacinas é inativado – ou seja, não está vivo. Desa forma, não é possível que uma pessoa se infecte com a covid-19 por causa da vacina.
- Por que mesmo tomando a vacina é preciso continuar seguindo as medidas de saúde púbica? As medidas de higienização das mãos, distanciamento físico e uso de máscara devem permanecer por um bom tempo. A OPAS e a OMS recomendam que as precauções contra a transmissão da covid-19 sejam mantidas mesmo por quem já estiver vacinado, até que as pesquisas sejam conclusivas. Assim, todas as pessoas que tomarem vacinas precisam continuar mantendo todas as medidas de prevenção — como distanciamento físico, uso de máscaras e lavagem das mãos.
- Quanto tempo dura a proteção da vacina? Ainda é muito cedo para saber quanto tempo durará a proteção imunológica determinada pelas vacinas contra a covid-19. As pessoas que fizeram parte dos testes da fase 3 das vacinas serão acompanhadas por anos para que se conheça por quanto tempo elas terão imunidade.
- Quem ainda não pode receber as vacinas contra a covid-19? Menores de 18 anos, gestantes, pessoas com recomendação médica para não se vacinar, ademais daquelas referidas nas bulas de cada tipo de vacina.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.