“Temos esperança até o último minuto”, disse Samantha Oliveira, 29 anos, mãe da pequena Vitória Oliveira, 4, atropelada na quarta-feira (17/2) enquanto andava de bicicleta. A menina permanece internada em estado gravíssimo no Hospital de Base e pode ter morte cerebral decretada pela equipe médica. O condutor fugiu do local do acidente e, até a última atualização dessa reportagem, ninguém havia sido preso.
Em entrevista concedida à imprensa na tarde desta sexta-feira (19/2), Samantha, que está grávida de seis meses, relatou que a família tem se mobilizado para acompanhar a criança no hospital. Vitória passou por alguns exames médicos, mas não apresentou reações, o que, segundo a mãe, aumenta as chances de morte cerebral. “Desde quarta-feira eu não como e não durmo. Só desce água. A situação é muito difícil, mas não vamos perder nossas esperanças”, disse.
No dia do acidente, Vitória, a irmã de 7 anos, e três primas saíram para andar de bicicleta próximo de casa, na DF-130, no Núcleo Rural Rajadinha 2, em Planaltina. A casa onde a família mora dá acesso a uma ladeira, próximo à rodovia. A criança teria descido a rua na bicicleta, sem conseguir frear e acabou atingida pelo carro. “Só pedimos para que a pessoa que fez isso se entregue. Queremos apenas a justiça. Não é possível que esse motorista não tenha ligação com alguma criança e não consiga imaginar nossa dor. Se ele teve medo, que procurasse alguma delegacia”, afirmou.
Saudades
A irmã de Vitória, de 7 anos, presenciou o acidente e está abalada psicologicamente, contou a mãe. “Ela pede para ver a Vitória toda hora, pelo menos por chamada de vídeo. É muito triste, porque ela está se culpando, dizendo que não conseguiu segurar o carro”, disse.
A família busca apoio psicológico para a irmã, que está ficando na casa de uma tia por enquanto. “Estamos tentando poupá-la de noticiários, mas ela chegou a ver uma notícia e ficou muito abalada”, completou Samantha.
Vitória nasceu prematura, de sete meses, e, segundo a mãe, sempre teve a imunidade baixa. Há um ano, ela teve pneumonia e levou três meses para ser curada. Além disso, desde pequena, apresentou quadros graves de infecção. “Mesmo assim, ela é uma menina alegre, ativa, que gosta de brincar. Peço que todos nos ajudem em oração”, finalizou a mãe.
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