Variantes

Covid-19: variante do Rio de Janeiro também foi identificada no DF

A P2, identificada pela primeira vez no Rio de Janeiro, também foi encontrada em um morador da capital federal, em julho do ano passado.

Samara Schwingel
Adriana Bernardes
postado em 19/02/2021 16:12 / atualizado em 19/02/2021 16:19
A variante do Rio de Janeiro foi identificada em amostra coletada em julho de 2020 -
A variante do Rio de Janeiro foi identificada em amostra coletada em julho de 2020 -

Além da variante britânica do novo coronavírus, uma outra, igualmente preocupante, já circula no Distrito Federal. É a P2, relatada pela primeira vez no Rio de Janeiro.

O sequenciamento genético da nova cepa foi detectado a partir da amostra coletada de um homem, 32 anos, em 23 de julho do ano passado. Assim como no caso da cepa britânica, identificada como B.1.1.7, o material da variante carioca foi enviado ao Adolfo Lutz pelo Lacen de Teresina, no Piauí.

Conforme o Correio antecipou na quinta-feira (18/2), a B.1.1.7 foi identificada em uma amostra coletada em 31 de dezembro do ano passado, em ao menos duas pessoas: um homem de 33 anos e outro de 25.

A variante P2 é uma mutação genética da cepa B.1.1.2.8, que circula no Brasil desde março. A P2 é considerada preocupante porque, assim como a P1, a variação brasileira relatada inicialmente no Amazonas, é transmitida de forma mais rápida. Os cientistas ainda pesquisam se ela é ou não mais letal.

Banco de dados 

Essas informações da identificação de novas cepas da covid-19 no DF estão disponíveis no banco de dados Gsaid. O professor e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) Bergmann Morais explica que esta plataforma é atualizada por cientistas do mundo todo. "Ela reúne os resultados de todos os laboratórios do mundo. Lá, os pesquisadores e cientistas incluem os resultados do sequenciamento de genomas das amostras que receberam", diz.

Ou seja, após identificarem a linhagem de um genoma, os profissionais cadastram o resultado na plataforma. "Só depois disso que escrevem e enviam os relatórios de sequenciamento aos governos e secretarias de saúde. Por isso, pode haver um atraso na comunicação após a identificação de uma nova linhagem", completa Bergmann. 

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou que a Subsecretaria de Vigilância à Saúde faz acompanhamento permanente de pessoas com casos suspeitos de contaminação pelo novo coronavírus que circulam pelo Distrito Federal.

Em nota, a pasta afirmou que, "o mapeamento é completo, preciso e permanente desde o início da pandemia. Assim como também é feito com outras doenças transmissíveis. Semanalmente, são enviadas, pelo Lacen DF, amostras para laboratórios como Adolfo Lutz, Fio Cruz e Carlos Chagas. Inclusive amostras colhidas de moradores de outros estados, principalmente da região do Entorno."

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação