Pandemia

"Transtornos de ansiedade têm sido mais prevalentes", diz psiquiatra

Vice-presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília, Carlos Guilherme Figueiredo, falou sobre os problemas mentais recorrentes na infância que foram agravados pela pandemia.

Jéssica Cardoso*
postado em 11/02/2021 15:30 / atualizado em 11/02/2021 15:47
Carlos Guilherme Figueiredo é vice-presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/DA Press)
Carlos Guilherme Figueiredo é vice-presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/DA Press)

A pandemia de covid-19 tem impactado fortemente a saúde mental das pessoas pelo mundo e acentuado casos de ansiedade e outros transtornos psiquiátricos. Em entrevista ao CB.Saúde, parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília conduzida pela jornalista Carmem de Souza, o médico psiquiatra e vice-presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília, Carlos Guilherme Figueiredo, explicou que o número crescente de transtornos mentais em jovens no Brasil tem piorado bastante com a pandemia.

“Os transtornos relacionados à ansiedade têm sido os mais prevalentes na infância e na adolescência. Nós já vínhamos com um número crescente. Com a pandemia, os casos de ansiedade se tornaram ainda mais comuns”, observou. Segundo o médico, o isolamento social e a falta de interação com outras pessoas são os principais motivos para o surgimento de problemas no cenário atual.

Ouça o podcast da entrevista:

No caso das crianças, Carlos Guilherme recomenda que os pais devem ficar atentos para sintomas físicos como dor de barriga, na cabeça e alteração no apetite e no sono. “Os sintomas físicos nos alertam bastante. Além disso, deve ser observado se a criança deixa de fazer atividades que antes ela gostava”, complementa o especialista.

Questionado sobre os desafios que a volta às aulas pode trazer para a saúde mental das crianças, o psiquiatra alerta que o novo normal pode ser estressante e refletir no comportamento delas. “Muitas crianças demonstram expectativa em voltar para escola. No entanto, nós estamos observando que a criança retorna e comenta com os pais que está ruim porque ela não pode abraçar nem brincar com os amigos”, diz o vice-presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília.

Confira a entrevista:

*Estagiária sob supervisão de  Nahima Maciel

 

 

 

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