Homicídio

Policial federal é morto por caseiro: carro da vítima é achado em chamas no DF

Moacyr Ferreira da Silva, de 63 anos, morreu após levar um tiro na cabeça. O policial aposentado estava na fazenda onde era proprietário, na Zona Rural de Buritis (MG), quando foi assassinado

Darcianne Diogo e Luiz Ribeiro
postado em 09/02/2021 17:27 / atualizado em 09/02/2021 19:10
Moacyr foi assassinado com um tiro na cabeça -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Moacyr foi assassinado com um tiro na cabeça - (crédito: Material cedido ao Correio)

Um policial federal aposentado morreu após ser baleado por um caseiro da fazenda da qual era proprietário, no Residencial Veredas dos Buritis, na Zona Rural de Buritis (MG) — distante cerca de 213km de Brasília —, na noite desta segunda-feira (8/2). Moacyr Ferreira da Silva, de 63 anos, levou um tiro na cabeça e teve o corpo jogado em uma vala da propriedade. O suspeito do crime, Edmar Xavier da Silva, 36, fugiu com o carro da vítima para o Distrito Federal e incendiou o veículo. As informações foram confirmadas por fontes da PF ao Correio.

O Correio apurou que o policial federal morava no bairro Jardim América, em Goiânia (GO), e tinha uma fazenda em Buritis, em Minas Gerais. Moacyr aposentou-se há sete anos e era lotado em Goiânia. Na quinta-feira (4/2), Moacyr e o caseiro da propriedade tiveram uma discussão. Na noite desta segunda-feira, Moacyr e o suspeito iniciaram outra briga e o autor teria efetuado um disparo de arma de fogo contra o policial. O caso é tratado como homicídio pela Polícia Civil do estado.

O suspeito do crime, Edmar Xavier da Silva, fugiu com o carro da vítima para o Distrito Federal e incendiou o veículo
O suspeito do crime, Edmar Xavier da Silva, fugiu com o carro da vítima para o Distrito Federal e incendiou o veículo (foto: Material cedido ao Correio)

Por volta de 1h desta terça-feira (9/2), policiais civis da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) foram acionados para uma ocorrência de incêndio em um veículo. Ao chegarem no local, às margens da DF-220, os agentes encontraram o veículo em chamas. O automóvel, uma Hilux bege, conforme o Correio apurou, está registrado em nome de Moacyr. O Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) chegou a ser acionado para apagar o fogo.

Segundo as investigações, após cometer o homicídio, o caseiro teria pegado o carro do policial, dirigido até o DF, incendiado e, em seguida, fugido. Até a última atualização dessa reportagem, ninguém havia sido preso. O corpo de Moacyr foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Unaí, no Noroeste de Minas.

Ameaças

Segundo informações da Polícia Civil de Minas Gerais (PMMG), na quinta-feira, Moacyr registrou um boletim de ocorrência contra Edmar, informando que o suspeito havia lhe ameaçado. Conforme o registro policial, o policial federal alegou que, na véspera, dispensou o caseiro e pediu para que ele assinasse o aviso prévio, dando um prazo para que o homem deixasse a propriedade, o que não foi aceito pelo trabalhador rural.


Ao dizer que não assinaria o aviso prévio, Edmar declarou que “iria acertar as contas” com o Moacyr, o que foi entendido pelo policial federal da reserva como ameaça. De acordo com a PM de Buritis, a mulher do servidor declarou que, na manhã de segunda-feira, o policial saiu da sede da fazenda e deslocou-se até um ponto da propriedade, para fazer uma cerca, em companhia de um homem. A mulher relatou, ainda, que o marido foi visto pela última vez por volta das 11h de segunda-feira, quando foi até residência para buscar o almoço. Depois, não mais retornou.

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