Mais de 80% dos focos de dengue no Distrito Federal estão em área peridomiciliar, ou seja, em região externa de uma residência, em um raio inferior a 100 metros. O dado foi apresentado na manhã desta segunda-feira (8/2), pela Secretaria de Saúde. A reunião, transmitida pelas redes sociais do Governo do DF (GDF), contou com a participação de representantes locais e do governo federal.
Além da pandemia do novo coronavírus, que os brasilienses enfrentam há quase um ano, é preciso atenção com as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, zika e chinkungunya. Para evitar números altos dessas enfermidades na capital, a Secretaria de Saúde apresentou o Plano de Enfrentamento da Dengue e Outras Arboviroses 2020-2023.
Na campanha serão realizadas diversas ações de enfrentamento às doenças.Entre elas, estão a mobilização social, por meio da educação da população; colaboração entre setores públicos e privados; controle de fatores ecológicos e biológicos; controle químico do vetor e a legislação. Os planos serão colocados em prática de acordo com os níveis de ativação e a incidência das doenças na capital, que vão de 1 a 4 (Veja em Níveis de Ativação).
Tecnologia
Secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto ressaltou que, para os trabalhos de prevenção à dengue, a pasta usará inovação e ferramentas que apresentem bons resultados para a população. Entre eles, haverá a implementação de um Programa Permanente de Monitoramento e Controle Vetorial, utilizando também armadilhas.
Além disso, serão utilizadas Armadilhas Estações Disseminadoras de larvicida para monitoramento e supressão, com recepção e consolidação de dados via software e detecção viral por infravermelho no mosquito. A princípio, as ferramentas serão implementadas nas cidades com maior incidência de dengue. Estão à frente Sobradinho, Planaltina, Gama e Santa Maria.
Representando o governo federal, o secretário de Vigilância à Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros afirmou que nos projetos realizados pelo ministério, o DF está entre as prioridades. O secretário de Governo do DF, José Humberto, ressaltou que a dengue é um problema conjunto. “Não é um problema do governo, mas da sociedade como um todo. O mosquito não tem dono. Com o governo integrado temos muito mais chances de vencer essa guerra contra o mosquito”, disse.
Educação
O plano de enfrentamento à dengue é um trabalho conjunto de diversos órgãos do DF. A Secretaria de Educação, por exemplo, preparou orientações pedagógicas e que serão disparadas para todas as escolas na nossa semana pedagógica. “Temos a formação de professores e coordenadores junto com a Secretaria de Saúde, estamos falando em torno de mil profissionais nessa primeira onda, para que eles possam realmente ajudar os estudantes, as escolas, em todo esse processo pedagógico que é permanente”, disse o gerente de educação ambiental, patrimonial, língua estrangeira, arte e educação, David Nogueira,
A pasta preparou um calendário, a começar pela região norte, em Sobradinho, e vai se estender durante todo o ano “É muito importante salientar que esse é um combate que deve ser durante todo o ano, permanente e vai ser incorporado na Secretaria de Educação”, completou
Níveis de ativação
- Nível 1: Orientar a população a procurar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de cada território, assim como as Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) e Emergências Hospitalares, de acordo com os horários de atendimento padrão
- Nível 2: Instalar salas de acolhimento em Regiões Administrativas em que estejam ocorrendo os casos suspeitos
- Nível 3: Instalar as salas de acolhimento associadas a salas de hidratação em UBSs das Regiões Administrativas que estejam ocorrendo os casos suspeitos, com equipe de enfermagem e com os devidos reforços
- Nível 4: Abertura de pontos de hidratação em locais estratégicos, próximo aos laboratórios e locais de internação, com recursos, insumos e forças de trabalho médico, enfermagem e técnicos adicionais
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