O guitarrista Toninho Maya, de 59 anos, morreu na madrugada desta sábado (6/2), depois de complicações da covid-19. Ele chegou a ser internado por causa da doença, mas, antes de passar pela entubação, em virtude do comprometimento dos pulmões, sofreu uma parada cardíaca e não resistiu.
Toninho Maya era paraense, natural de Abaetetuba e dedicou 43 anos de sua vida à musica, e dividia as atividades como produtor cultural com o trabalho de bancário no Banco do Brasil. Por aqui, viveu na Colina, na Universidade de Brasília (UnB), onde, aos 13 anos, conheceu outros expoentes do rock local, que viriam a integrar a Plebe e Rude e o Capital Inicial. Renato Russo se declarou como um dos fãs do trabalho de Toninho.
Entre os parceiros ao longo da carreira, estão bandas como Raimundos, Maskavo Roots, Pato Fu, além de artistas: Renato Matos, Adriano Faquini e Célia Porto. No circuito nacional, acompanhou nomes como Leila Pinheiro, Zélia Duncan, Cássia Eller, Dinho Ouro Preto e Eliete Negreiros.
A vida como violonista profissional começou cedo: desde 1978, Toninho agregava ritmos brasileiros à vertentes afroamericanas nas composições para as bandas de música instrumental das quais fez parte: Chakras, Artimanha e Ária Tribo. Em função de sua contribuição à cultura local, Toninho recebeu em 2001 o título de Cidadão Honorário de Brasília. Mais do que rock, também tocava Música Popular Brasileira (MPB), blues e jazz.
Pelas redes sociais, vários músicos da cidade expressaram pesar pela perda do instrumentista e exaltaram seu talento. O músico Kadu Lambach conheceu Toninho ainda nos anos 1980. "Me lembro do Toninho arrasando na Guitarra no Projeto Cabeças nas 311 Sul e também com a Banda Artimanha", recorda. "ra uma pessoa extremamente doce e querida. Foi através dele que eu e o Renato Russo conseguimos alugar uma sala no Edifício Rádio Center em 1982", afirma. "O Toninho Maia é um tipo artista que escreveu a história da cultura da Brasília. Pois apesar de ser um músico que amava o Jazz, era super querido em todos os estilos em Brasília. A galera do rock, punk o admirava e tinha muito carinho", conta.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.