Apesar da empolgação com o avanço da vacinação contra covid-19 no Distrito Federal, existem alguns grupos de pessoas que não podem receber o imunizante por causa de contraindicação médica. É o caso de menores de 18 anos, gestantes e lactantes. Segundo especialistas, esse contraindicação se deve à falta de estudos clínicos para estes grupos.
“Para as gestantes, puérperas e lactantes que pertencem ao grupo de risco, a vacinação poderá ser realizada após avaliação cautelosa dos riscos e benefícios e com decisão compartilhada entre a mulher e seu médico prescritor”, esclarece, a gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Renata Brandão.
Segundo Joana Darc Gonçalves, infectologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), com relação às gestantes e lactantes, a eficácia e a segurança da vacina contra covid-19 ainda não foram avaliadas, mas se sabe que é um grupo prioritário, e o exemplo que existe com relação a outras vacinas, com vírus inativados, é que, geralmente, não oferecem risco para esse grupo.
A infectologista explica que, neste caso, é necessário avaliar o risco de cada gestante, observar se tem alguma doença crônica ou algum problema de saúde. Somente depois dessa avaliação e conversando com a gestante, de preferência fora do primeiro trimestre, a vacina pode ser feita. Mas, em acordo entre o médico e a paciente, avaliando a questão do risco e do benefício associados à imunização contra covid-19.
“Essa vacina é de metodologia conhecida, é vírus inativado, aparentemente não teremos nenhum tipo de problema com essas vacinas e com a aplicação dela em gestantes e menores de 18 anos. Inclusive, para novas vacinas, de tecnologias novas de RNA mensageiro, elas são mais seguras. O que falta agora é ter essa disponibilidade dos estudos científicos e os resultados para comprovar a eficácia e segurança nessa população”, informa.
Joana Darc acredita que, futuramente, toda a população deve ser vacinada, principalmente os menores de 18 anos, até porque esse é um grupo que se expõe muito. “São os jovens que saem, que têm o nível maior de exposição, inclusive com relação às atividades escolares”, explica. Neste momento, a vacina está disponível para os grupos prioritários, que envolvem os mais vulneráveis, com risco ocupacional elevado. Crianças e menores de 18 anos não representam o grupo de maior risco.
Pacientes oncológicos
Também não há comprovação da eficácia e segurança das vacinas para pacientes oncológicos, transplantados e demais pacientes imunossuprimidos. De acordo com o informe técnico do Ministério da Saúde (MS), nesses casos, a avaliação de risco e benefício e a decisão referente à vacinação ou não deverá ser realizada pelo paciente em conjunto com o médico assistente, sendo que a vacinação somente deverá ser realizada com prescrição médica.
No entanto, considerando as vacinas em circulação, a AtraZeneca de Oxford e a CoronaVac produzida pelo Instituto Butantan (SP), o Ministério da Saúde considera que é improvável que exista risco aumentado de eventos adversos.
*Com informações da Secretaria de Saúde
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