Uma ação conjunta entre a Polícia Civil dos estados de Goiás e do Pará resultou na captura do estuprador em série Ronaldo Silva da Conceição, de 35 anos, na manhã de terça-feira (2/2). Conhecido como “maníaco da Cidade Ocidental”, o homem é acusado de abusar sexualmente de quatro mulheres na Cidade Ocidental, distante cerca de 49 quilômetros do Distrito Federal.
Ronaldo era considerado foragido pelos estupros cometidos em outubro de 2018. “Ele é investigado por estupro e roubo em crimes cometidos em Goiás. Os crimes chocaram a população da Cidade Ocidental pelo requinte de crueldade do acusado. Ronaldo estuprava as vítimas diante dos filhos delas e filmava o ato. Uma das mulheres chegou a engravidar do homem, mas conseguiu realizar aborto mediante ordem judicial”, relata o delegado Thiago Carneiro, de Marabá.
De acordo com a delegada Dilamar de Castro Souza, da Cidade Ocidental, o “rei do estupro” escolhia as vítimas e, então, passava a monitorar a rotina delas antes da ação. O modus operandi de Ronaldo foi comprovado pelas vítimas. Uma delas afirmou que o suspeito pulou o muro da residência dela e, ao abordá-la, questionou quanto à saída do marido dela.
“Na ação, o autor indagou-lhe 'se seu esposo, após deixar seus filhos na escola, se deslocaria direto para seu trabalho ou voltaria ali'. A vítima também afirmou que na ocasião, tratou-se de uma eventualidade, pois diariamente o esposo se ausentava para cumprir sua jornada de trabalho. Contudo, à época, os filhos estavam em visita à irmã dela, sendo assim, o autor tinha conhecimento que, naquela oportunidade, a vítima estaria sozinha”, explica a investigadora.
Conforme relato das vítimas, Ronaldo as rendia simulando estar com uma arma de fogo. “Depois, ele ordenava para que as vítimas tirassem as roupas. Se elas resistissem, eram amarradas. O autor, em uma das violências, chegou a ordenar para que a filha de uma das vítimas, a qual tinha três anos, que se deitasse ao lado de sua mãe. Ele praticou a violência diante da criança”, informa.
“Em todas as situações, o autor agia com emprego de muita agressividade, amarrando-as pelos braços e, em alguns casos, pelo pescoço, e, após consumar o ato sexual, vasculhava a residência das vítimas, e roubava objetos de uso feminino, tais como chapinhas de cabelo e maquiagens, além de aparelhos de celulares e tablets”, esclarece Dilamar.
Com o celular de uma das vítimas, Ronaldo passou a enviar vídeos pornográficos para os números de contatos da vítima. “Além das filmagens, o autor chegou a realizar diversas ameaças, afirmando que ‘voltaria e sentia saudades’”, acrescenta a delegada.
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