Crime

Decretada prisão preventiva de suspeitos de latrocínio de militar reformado

A decisão ocorreu de quarta-feira (27/1), em audiência de custódia. Os acusados foram detidos logo após o assassinato do subtenente Leonel Martins Saraiva, na terça-feira passada (26)

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) converteu a prisão em flagrante em preventiva dos acusados do latrocínio (roubo com morte) de Leonel Martins Saraiva, de 55 anos. A decisão ocorreu na tarde de quarta-feira (27/1), em audiência de custódia.

Ailton Ferreira Antônio e Elias dos Santos renderam o subtenente reformado da Polícia Militar durante um assalto em São Sebastião. A ação dos criminosos foi filmada por câmeras de segurança da região, e mostram o momento em que a vítima é arrancada à força do próprio veículo. Duas mulheres fogem, saindo do automóvel.

Depois do ataque, o militar saiu correndo levando a chave do carro. Um dos suspeitos, então, atira contra Leonel, que cai ao chão. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. A dupla teria contado com a ajuda de um terceiro envolvido para fugir. O caso segue sob investigação na 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião).

Ailton e Elias foram presos ainda na terça-feira (27/1). Um dia depois, na audiência de custódia, o juiz responsável pelo caso destacou que o crime “foi de elevadíssima gravidade concreta, o que justifica sua segregação cautelar”.

“Na ótica deste magistrado, a conduta supostamente praticada pelo autuado no caso destes autos reveste-se de especial gravidade e sua segregação cautelar é necessária para o resguardo do meio social, já que, se a suspeita que recai sobre os autuados for mesmo verdadeira (o que deve ser apurado durante a instrução criminal), os autuados participaram de um latrocínio consumado, fato que, por si só, mesmo que presentes somente as elementares típicas, é concretamente grave a ponto de justificar a segregação cautelar”, acrescentou o magistrado.

O inquérito foi encaminhado para a Vara Criminal e do Tribunal do Júri de São Sebastião, onde tramitará o processo. A dupla responde pelo crime de latrocínio, cuja pena pode chegar a 30 anos de reclusão.