Brasília registrou ontem (sábado) 828 novos casos de infecção por coronavírus, mais de cem a mais do que o divulgado na última sexta-feira. Além disso, mais seis mortes foram confirmadas. As informações são do boletim epidemiológico publicado diariamente pela Secretaria de Segurança Pública e pela Secretaria de Estado de Saúde do DF (SSP-DF e SES-DF).
Com isso, a capital totaliza 263.756 contaminações, desde o início da pandemia. A maior parte dos contaminados (68.890) têm entre 30 e 39 anos, seguido por aqueles entre 40 e 49 anos, que totalizam 58.150. Entre os pacientes infectados, 251.876 se recuperaram da covid-19, 7.468 ainda estão com o vírus ativo no organismo e 4.412 pessoas não resistiram à doença e morreram.
De acordo com o pesquisador do Centro Universitário Iesb, Breno Adaid, a média móvel de novos casos fica em 800 e de mortes em 9. O indicador calcula a tendência e oscilação da doença. Como os números variam muito diariamente, a média móvel é uma forma mais fiel de ver a situação. Até então, ela tem indicado que a situação do DF é estável.
Embora soe como uma boa notícia, a estabilidade de casos de covid-19 e de mortes pela doença não é vista com bons olhos. Adaid explica que, em caso de pandemia, a longo prazo, a tendência natural é sempre a queda. “Quem não conseguiu trabalhar de casa já pegou a doença e depois começaria a aparecer casos esparsos. Era o que estava acontecendo no fim do ano, novembro, dezembro”, ele exemplifica.
Ele explica que quando há crescimento ou lateralidade, é porque as pessoas estão se movimentando mais. E alerta: “Não é momento para relaxar, porque toda vez que uma se pessoa contamina, acontece um efeito cascata. Ela contamina outra pessoa e a rede dessa dela. Um caso desencadeia outros, com outras redes. Então, definitivamente não é a hora de relaxar, porque isso é pago em óbitos”.