Nesta quarta-feira (13/1), a Coordenação de Repressão às Drogas da Polícia Civil do Distrito Federal (CORD/PCDF) prendeu, em flagrante, três homens considerados os maiores distribuidores de LSD do Brasil. Segundo investigações, iniciadas em junho de 2019, o grupo se estabeleceu no DF e utilizava os Correios para distribuir o entorpecente por todo o país. Com eles, foram apreendidos mais de 50 mil microsselos de LSD.
Cada membro tinha uma função. Um era responsável pela manufatura da droga, outro pela distribuição e o terceiro, pela contabilidade e armazenamento da droga. Eles utilizavam um programa na internet para negociar a venda de LSD, pois acreditavam que as mensagens trocadas entre si eram criptografadas. Porém, qualquer um que buscasse pelo pseudônimo “SEZARU” receberia informações sobre drogas, bem como um "cardápio" das espécies e os valores.
Os agentes da CORD identificaram o responsável pela manufatura da droga e passaram a monitorá-lo. O homem passou o primeiro semestre de 2020 em São Paulo, mas não cessou com a atividade de produção de drogas. No segundo semestre, ele voltou ao DF e os policiais puderam acompanhá-lo mais de perto. Após se certificarem que ele estava com grande quantidade de LSD, foram a campo na intenção de abordá-lo.
Os policiais civis também acompanharam o indivíduo responsável pela contabilidade e armazenamento dos entorpecentes. Em certo ponto, ele foi filmado saindo de casa, no Guará, com uma maleta e, momentos depois, foi visto entregando a maleta para o responsável pela postagem, no Núcleo Bandeirante.
Este despachou o conteúdo da maleta para o Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás, em sete grandes envelopes. Após o despacho, agentes de polícia adentraram a agência dos Correios e os interceptaram, comprovando que naqueles envelopes existiam aproximadamente 2 mil microsselos de LSD.
Ambos foram presos. Com dois membros presos, os policiais efetuaram a prisão em flagrante do membro que faltava. Na residência de um deles, foram localizados mais de 50 mil microsselos, além de cristais de LSD e diversos apetrechos para confecção e distribuição da droga.
Cada microsselo poderia ser vendido em festas por R$ 50, ou seja, o grupo poderia lucrar aproximadamente R$ 2,5 milhões. Eles serão indiciados pelo crime de tráfico interestadual de drogas e associação criminosa em decorrência do comércio rotineiro de drogas sintéticas, do tipo LSD.