CRIME

Polícia apura participação de terceiro envolvido em latrocínio de vigilante

Espedito Martins foi assassinado em roubo a usina elétrica onde trabalhava em Ceilândia, em 31 de dezembro. A vítima morreu em 2 de janeiro, no Hospital de Ceilândia

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga a participação de um terceiro envolvido no latrocínio (roubo seguido de morte) do vigilante Espedito Martins, de 63 anos. Agentes da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O) prenderam temporariamente dois suspeitos, de 23 e 29 anos, na manhã desta quinta-feira (7/1).

Segundo informações da investigação, Espedito sofreu o ataque enquanto trabalhava, em 31 de dezembro. Os acusados foram ao local com o objetivo de roubar fios de cobre, e a vítima acabou reagindo à ação. A versão foi relatada aos policiais por um dos presos, que confessou a ação. O segundo negou o crime.

"Inicialmente, foi realizada a perícia de lesão corporal, porque a vítima foi socorrida com vida. Um vigilante que renderia a vítima em 1? de janeiro foi o responsável por encontrá-lo. Apesar dele ter sido atendido consciente, não teve condições de relatar a dinâmica crime", explica o delegado Raphael Seixas, chefe da 24ª DP.

Espedito foi gravemente ferido. Além de ter sido espancado, sofreu inúmeros cortes na cabeça. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu em 2 de janeiro, no Hospital Regional de Ceilândia. "Em perícia no local e falando com colegas de trabalho da vítima, identificamos que ela usava uma arma particular em serviço, a qual não foi localizada. Assim, iniciamos com a hipótese de latrocínio. Não por bens subtraídos da usina, mas pelo artefato levado do vigilante", esclarece.

Segundo o investigador, a identificação dos dois suspeitos ocorreu por meio de denúncia anônima. Também foi apurado que um dos acusados, durante a luta corporal, se feriu com um corte na cabeça, e buscou atendimento médico no Hospital Regional de Taguatinga, em 1? de janeiro.

"Investigamos que os dois suspeitos pretendiam deixar o Distrito Federal, com o objetivo de fugirem para o Maranhão. Conseguimos os prender antes que completassem o plano. Ao que tudo indica, há a participação de mais um envolvido, o qual ainda não identificamos", finaliza o delegado Raphael Seixas.