Saúde

Planejamento é a chave para a perda de peso, destaca endocrinologista

No CB. Saúde desta quinta-feira (7/1), a endocrinologista Michele Borba falar sobre como manter as promessas de início de ano para perda de peso

Mais um ano inicia e, com ele, as promessas de mudanças de hábitos para uma vida saudável começam a ganhar força, mas como manter as metas para resultados práticos? A endocrinologista Michele Borba, que atua no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial da Secretaria de Saúde, explica que a melhor forma de alcançar o objetivo proposto é o planejamento e metas plausíveis. A médica participou do programa CB. Saúde — parceria do Correio com a TV Brasília —, desta quinta-feira (7/1), com a jornalista Carmen Souza. 

“Criar metas que a princípio podem ser inatingíveis, mas ninguém chega a lugar algum se não sonhar. Posso querer passar de 100kg para 60kg, pode parecer absurdo mas será que consegue atingir metas muito fáceis de cumprir? Porém a gente também tem que ter bom senso. Colocar no papel, planejar, ter uma estratégia é o caminho certo”, destaca.

Paralelo a isso, a busca pela perda de peso para sair da obesidade precisa também ser atrelada a outros setores da saúde, como a atuação de profissionais da nutrição e da psicologia. Michele ressalta que a contribuição desses profissionais pode ajudar muito. “Se eu sou uma pessoa com comportamento compulsivo (por comida), eu preciso da ajuda emocional para criar estratégias. Mas não é uma tarefa fácil”, pontua.

De acordo com a endocrinologista, a restrição calórica representa 70% na eficácia de perda de peso. Entre as dietas com melhores resultados, ela cita a dieta mediterrânea, que prioriza a ingestão de legumes, verduras, castanhas e carnes brancas.

 

Em números, o Distrito Federal tem cerca de 570 mil pessoas com obesidade. Desse quantitativo, 18% são crianças, o que acende um alerta para os cuidados com alimentação saudável na infância.

Para Michele Borba, aproximadamente 90% dos pacientes que procuraram a rede de saúde durante a pandemia relataram um ganho de peso durante o isolamento social. As restrições causadas pela covid-19 também criaram condições para o sedentarismo e o aumento de crises de ansiedade durante as quais a comida funciona como válvula de escape.

No entanto, um ponto positivo dos últimos meses foi o serviço de telemedicina com atendimentos a distância, o que facilitou o acesso aos pacientes de uma forma mais segura.

Confira a entrevista na íntegra: