Um dos suspeitos de se passar pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para aplicar golpes, integra uma facção criminosa e tem extensa ficha criminal por crimes como tráfico de drogas e homicídio, segundo informou a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em coletiva de imprensa promovida na tarde desta terça-feira (5/1). Um dos autores, um vigilante de uma empresa privada de segurança, foi preso nesta segunda-feira (4/1), no centro de Goiânia por policiais civis da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) do DF.
Os outros dois integrantes da quadrilha foram identificados pela polícia. “Ontem (segunda-feira), fizemos o flagrante. Agora, iremos trabalhar com pedidos de prisão e, em breve, colocaremos os envolvidos atrás das grades”, afirmou Giancarlos Zuliani, delegado-chefe da DRCC.
No esquema criminoso, o homem que foi preso atuava como recrutador, enquanto o ex-presidiário, que segue procurado, agia como líder do esquema. “O recrutador, por sua vez, tem a função de fazer uma pesquisa e procurar pelas vítimas. Há um trabalho de coordenação, uma vez que, ao receberem os valores, eles precisam sacar esse dinheiro das contas bancárias”, explicou o investigador.
Um contato próximo do governador Ibaneis caiu no golpe e chegou a transferir mais de R$ 3,7 mil aos estelionatários. Outro depósito de uma segunda vítima, de identidade não revelada, também foi feito nesta segunda-feira, no valor de, aproximadamente R$ 3 mil. O delegado não deu detalhes do teor das mensagens trocadas entre o golpista e o depositante, mas afirmou que os criminosos dispõem de “tamanha criatividade” para criar histórias que convençam.
Investigação
Após o registro de boletim de ocorrência, policiais civis do DF começaram as investigações. Os agentes se deslocaram até Goiânia e prenderam o autor no centro do município goiano, por volta das 17h. “Inicialmente, ele não quis assumir a participação no crime, mas logo em seguida mudou de ideia e confessou. Na casa dele, encontramos o material utilizado, como cartões de banco e celulares", detalhou o delegado.
Agora, a polícia pedirá ao Judiciário mandado de prisão contra os outros dois suspeitos que, segundo as investigações, também residem em Goiânia.