A primeira rotatória do projeto Jardins de Cerrado, localizada na 210/211 Norte, ganhou uma nova chance. Na manhã desta sexta-feira (29/1), moradores e voluntários se reuniram com o objetivo de recuperar as plantas do balão da quadra que foi destruído em outubro do ano passado. Foram replantadas 500 mudas nativas.
A administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro, participou do mutirão de replantio e destacou o engajamento da população em prol da causa. “Foi um impacto muito negativo para quem está envolvido nesta proposta. Ao mesmo tempo, um recálculo de rota que nos permitiu pensarmos em outras estratégias de maior comunicação para que eventos dessa natureza não aconteçam novamente”, diz a administradora. “Isso levou a um engajamento maior das pessoas não só nos cuidados, mas também na preservação e na proteção”, conta.
Ilka também falou sobre o que as rotatórias representam para os brasilienses. Na avaliação dela, é um resgate da história da capital. “O florido e a vegetação são uma referência do paisagismo urbano aplicado em Brasília. Tem a ver com a nossa memória, é uma simbologia histórico-afetiva com a cidade. Brasília é planejada para estar sempre florida, alegre e bonita”, destaca.
A paisagista Mariana Siqueira avalia a importância das plantas para a estética e cultura do local. “As rotatórias têm um papel fundamental no paisagismo da cidade e também na preservação do próprio bioma. Elas podem apresentar para o público urbano a flora do Cerrado”, destaca.
“A estratégia é apresentar essas plantas para que a população passe a conhecer mais e preservar. São ambientes estratégicos para, por meio do paisagismo, apresentar essas plantas para o público”, ressalta Siqueira.
O replantio das mudas foi possível por meio de uma parceria realizada pelo projeto Adote uma Praça, com a Secretaria de Projetos Especiais do Governo do Distrito Federal, a Administração Regional do Plano Piloto e o Jardins de Cerrado.
Vandalismo
Em outubro de 2020, o Jardim de Cerrado da 210/211 Norte estava plantado, aguardando o período de chuvas para que a floração pudesse começar, quando foi depredado. Foram arrancadas quase todas as plantas. Depois do susto, autores e apoiadores da proposta começaram o cultivo das espécies em laboratório. O replantio neste mês de janeiro levou em consideração o período de chuvas, que é fundamental para o crescimento da vegetação.
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