Em clima de muita comoção e revolta, familiares, amigos e colegas de profissão reuniram-se, ontem, para dar o último adeus ao policial militar reformado Leonel Martins Saraiva, de 55 anos. O subtenente foi vítima de latrocínio na Quadra 205 de São Sebastião, na terça-feira. Em audiência de custódia, a Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante de Ailton Ferreira Antônio, 24, e Elias dos Santos, 27, acusados de matar o servidor.
Mais de 100 pessoas compareceram à cerimônia, na manhã de ontem, na Capela 1, do Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. Entre os presentes, estavam policiais militares da ativa e da reserva. Natural de Bagé (RS), Leonel era proprietário do Minas Tchê Restaurante, estabelecimento de comida gaúcha, em São Sebastião. Vinícius Borba, 35, lamentou a morte do amigo. “Era um homem de grande sabedoria, que nos deixou a simplicidade. Amava aquele restaurante. Era um local simples, mas acolhedor, com comida saborosa. Víamos que tudo era feito com amor”, disse.
Durante o sepultamento, Handerson Dyego, um dos filhos do militar, homenageou o pai. “Aqui, tem um homem que foi pai, militar e empresário. Ninguém pode falar nada de ruim do meu pai. O que fizeram com ele foi uma injustiça, mas, agora, ele vai descansar, porque fez a parte dele. Nunca nos abandonou (filhos), sempre ligava e cobrava. Obrigado por tudo, pai”, lamentou.
Um sargento da corporação relembrou os momentos que passou ao lado da vítima. “Conheci o Leonel nas dependências da Caixa Beneficente da PM. Sempre muito calado, mas sempre foi uma pessoa boa. O espírito dele está com Jesus. Estamos aliviados pela Justiça ter sido feita. Não revidamos covardia”, frisou.
Prisão
Ontem, o juiz do Núcleo de Audiência de Custódia (NAC) converteu em preventiva a prisão em flagrante dos dois acusados de latrocínio. Como consta nos autos do processo, a dupla baleou a vítima durante um assalto, na terça-feira. Leonel dava carona a duas funcionárias do restaurante, quando foi abordado pelos criminosos. A ação foi registrada por câmeras de segurança.
O militar chegou a ser socorrido e encaminhado à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de São Sebastião, mas não resistiu e morreu. O juiz entendeu que a manutenção da prisão dos autuados é necessária para garantir a ordem pública. Considerou, ainda, que o crime foi de “elevadíssima gravidade concreta”.
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