As instituições que acompanham o processo de vacinação das unidades do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) não identificaram denúncias de irregularidade na vacinação contra a covid-19, como casos de “fura-filas”. A checagem foi comprovada nesta terça-feira (26/1) pelos órgãos de controle externo que investigam supostas violações às normas estabelecidas pelo Plano Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde.
O controlador interno do Iges-DF, Bruno Lago, informa que, até o momento, não foram recebidas denúncias de "fura-fila" pelo órgão interno. "Se houver, abriremos processo de investigação, que pode resultar em demissão por justa causa", afirma.
A possibilidade foi descartada por instituições que acompanham o processo de vacinação das unidades do Iges-DF: a Comissão Especial da Vacina da Câmara Legislativa (CLDF) e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Distrito Federal (OAB-DF). O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) também foi contatado e informou que investigações estão em curso, mas não confirmou qualquer tipo de irregularidade até agora.
Essas instituições, desde o início da campanha, têm recebido denúncias anônimas sobre supostas irregularidades no processo de vacinação. Parte delas aponta que, nas unidades administradas pelo Iges-DF, estaria ocorrendo "fura-filas", ou seja, profissionais que não pertenceriam ao primeiro grupo priorizado para ser imunizado, estariam recebendo a vacina antes dos colaboradores que estão na linha de frente de combate à pandemia.
A diretoria do Iges-DF vem rebatendo essas denúncias, disponibilizando todos os dados aos órgãos de controle e colocando a sua própria Controladoria Interna para acompanhar o processo de vacinação.
"Estamos dando total transparência a tudo o que é feito nas nossas unidades, seguindo todas as determinações do governo federal e fornecendo todas as informações aos órgãos de fiscalização, como o Ministério Público", destaca Paulo Ricardo Silva, presidente do Iges-DF.
Repúdio
Desde o início da campanha de vacinação contra a covid-19 no DF, na semana passada, quando foram considerados prioritários os profissionais de saúde da linha de frente, circulam na imprensa denúncias de pessoas que têm se vacinado devido à facilidade de acesso às doses do imunizante para "furar filas".
A Controladoria Interna do Iges-DF emitiu circular sobre o tema, na qual destaca que o instituto "repudia qualquer tipo de favorecimento indevido em decorrência do cargo em que o funcionário ocupa, para si ou para terceiros, consoante o que dispõe o Código de Ética e Conduta, sob pena de responsabilização após a devida apuração dos fatos".
O plano de vacinação da Secretaria de Saúde do DF, seguido à risca pelo Iges-DF, foi pensado para priorizar aqueles que estão mais suscetíveis aos riscos de contaminação. “O ato de ‘furar a fila’ do plano de vacinação pode deixar de fora um colaborador que atua na linha de frente de combate ao vírus”, destaca a circular emitida pela Controladoria Interna do instituto.
Com informações do Iges-DF
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