Com 20 anos de serviços prestados ao Correio Braziliense no departamento Comercial, a publicitária Sueli Dias da Rocha, 54 anos, morreu hoje (23/1), às 2h30, no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) após uma parada cardíaca. Ela tinha passado por uma traqueostomia no mesmo dia na unidade.
Irmã de Sueli, Sandra da Rocha relata a luta constante da funcionária do Correio, que teve diversos problemas de saúde antes de morrer. “Ela começou a ter um quadro de vômito e tontura há dois meses. Os médicos acharam que era labirintite. Depois que fomos ao neurologista, em que ele pediu uma ressonância magnética, o exame mostrou lesões no cerebelo dela, mas sem tumor", conta.
"Ela fez uma biópsia, de onde saiu entubada. A primeira biópsia deu sem malignidade. Na certidão de óbito, não deu tumor, foi dada uma consequência de uma biópsia, o que levou ela a ter hidrocefalia e pneumonia. Ela morreu de parada cardíaca. Mas fica a dúvida da família porque podia ser uma infecção no cerebelo”, explica.
“A menina partiu cedo. Hoje, acho que todo mundo (família e amigos) chora. Gente de todos os lugares chorando, numa tristeza imensa por perder uma pessoa tão alegre e iluminada”, lamenta.
"Nunca deixava clientes para trás", diz colega
Colega de trabalho de Sueli, Jairo Motta, 50 anos, trabalha há 30 na área comercial do Correio. Ele relembra os momentos que compartilhou com a colega. “Ela sempre estava alegre, nunca triste, mesmo com os problemas de saúde. Eu só a via na alegria", lembra.
"Tem vídeos do Facebook dela, dentro do Hospital de Base. Ela vivia agradecendo ao SUS. Sempre foi uma guerreira. Todo mundo que conviveu com ela, não só nós de serviço, sabia que ela era muito humana mesmo”, recorda-se.
“Uma coisa que me impactou muito foi a força que ela deu quando uma ex-colega nossa que perdeu a filha, que tinha uma doença degenerativa. Ela dava muito apoio moral, nunca a deixou se abater muito. Ela também fazia doação para creches e asilo. Em muitas vezes, ela pedia ajuda”, acrescenta.
Jairo destaca o lado de Sueli no ambiente de trabalho. “Em termos de profissionalismo, ela era sensacional, nunca deixava clientes para trás. Foi uma perda significativa para nós”, desabafa.
O velório será amanhã, às 8h, no Cemitério do Gama. O sepultamento ocorre às 10h no mesmo local.
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