O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recebeu vídeos e fotos que denunciam profissionais de saúde que não fazem parte da linha de frente recebendo a vacina contra a covid-19. Segundo o coordenador da força-tarefa de combate à pandemia, o procurador José Eduardo Sabo, as imagens são do Hospital Regional de Ceilândia e do Hospital Regional de Taguatinga.
Diante das acusações, o MPDFT iniciará uma investigação para apurar as possíveis irregularidades no processo de vacinação no DF. O procurador antecipou ao Correio que o órgão, se julgar necessário, acompanhará presencialmente a imunização na capital federal.
“Temos que ter consciência e ética em razão do número pequeno de vacinas. Neste momento, temos que aguardar os procedimentos da Secretaria de Saúde que, com responsabilidade, possa vacinar a todos”, disse Sabo.
Nesta quarta-feira (20/1), o MPDFT, após receber as denúncias, enviou um ofício à SES cobrando explicações. A pasta, até as 19h desta quinta-feira (21/1), ainda não havia enviado uma resposta ao órgão. A Secretaria tem até o fim da tarde de sexta-feira (22/1).
Posicionamento
Nesta quarta-feira (20/1), a Secretaria de Saúde publicou uma nota à imprensa informando que tem conhecimento das denúncias de supostas irregularidades no processo de vacinação em algumas unidades e que “imediatamente, o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, solicitou aos superintendes regionais a lista com os beneficiados pela vacina até o presente momento”.
A secretaria esclareceu também "que o gestor responsável pela área e o servidor beneficiado sem que atenda aos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde responderão administrativamente pelos seus atos".
Na manhã desta quinta-feira (21/1), durante a inauguração do Hospital de Campanha de Ceilândia, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que espera que as denúncias “sejam infundadas”.
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