Covid-19

Vacinação contra covid-19 para maiores de 75 anos não tem data prevista

Grupo estava entre os prioritários nesta primeira fase pela Secretaria de Saúde, no entanto, pela quantidade reduzida de doses que chegaram na capital, os idosos serão vacinados depois

Cibele Moreira
postado em 19/01/2021 14:03 / atualizado em 19/01/2021 14:18
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/DA Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/DA Press)

A tão esperada vacina chegou em território brasiliense, mas também surgiram muitas dúvidas de quem pode se vacinar nesta primeira fase no Distrito Federal. Um dos pontos que tem gerado confusão é a imunização do grupo de pessoas acima de 75 anos, que está sem data definida para ocorrer.  

Os idosos com mais de 75 anos estavam na lista de prioridade entre os primeiros a serem vacinados no Plano de Vacinação divulgado pela Secretaria de Saúde. No entanto, com a liberação de um número reduzido de doses da vacina neste primeiro momento, em todo o território brasileiro, esse grupo precisou ficar de fora e será vacinado em um momento posterior, assim que novas doses forem liberadas. 

A secretaria explica que a alteração foi feita pelo próprio Ministério da Saúde (MS) devido ao quantitativo das doses disponibilizadas da CoronaVac, e que a pasta está seguindo as diretrizes repassadas. De acordo com o informe técnico de vacinação contra a covid-19 do Ministério da Saúde, houve uma perda operacional de 5% da população que receberia a vacina na primeira fase. 

Com isso, houve a priorização dentro deste grupo. "Diante das doses disponíveis para distribuição inicial às UF e a estimativa populacional dos trabalhadores de saúde, será necessária uma ordem de priorização desse estrato populacional. Assim, recomenda-se a seguinte ordem para vacinação dos trabalhadores da saúde conforme disponibilidade de doses, sendo facultado a Estados e Municípios a possibilidade de adequar a priorização conforme a realidade local", detalha o informativo técnico. 

Portanto, por este motivo, pessoas acima de 75 anos não devem procurar postos de saúde e nem hospitais do Distrito Federal para tomar a vacina neste primeiro momento. "Pedimos que as pessoas tenham paciência nesse período de vacinação. Nós temos as etapas necessárias para poder organizar a vacinação e todo mundo será vacinado no seu tempo correto", afirmou o Secretário de Saúde, Osnei Okumoto

Nesta segunda-feira (18/1), o Distrito Federal recebeu 106.160 doses da vacina chinesa CoronaVac que marca o início da imunização contra o novo coronavírus na capital. Nesta terça-feira (19/1), os grupos prioritários definidos para serem os primeiros a receber a vacina começaram a receber a primeira dose. 

A primeira imunizada do DF foi a enfermeira Lídia Rodrigues Dantas, 31 anos, que trabalha no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) desde 2015 e, há dez meses, faz parte da equipe que atua no atendimento aos infectados pelo novo coronavírus. Outros profissionais da saúde também receberam a dose da vacina.

 

  • Lídia Rodrigues Dantas, a primeira a receber a vacina no DF e o governador Ibaneis Rocha (MDB)
    Lídia Rodrigues Dantas, a primeira a receber a vacina no DF e o governador Ibaneis Rocha (MDB) Ed Alves/CB/DA Press
  • Lídia Rodrigues Dantas, 31, recebendo a primeira dose da vacina contra a covid-19
    Lídia Rodrigues Dantas, 31, recebendo a primeira dose da vacina contra a covid-19 Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • Lidia Rodrigues Marques, primeira vacinada contra covid-19 no DF
    Lidia Rodrigues Marques, primeira vacinada contra covid-19 no DF Ed Alves/CB D.A Press


O que você precisa saber sobre a vacinação contra a covid-19


Público-alvo

Nesta primeira fase, serão vacinados apenas os profissionais que atuam na linha de frente contra a covid-19, idosos e pessoas com alguma deficiência que estão em instituições de longa permanência, bem como os cuidadores que atuam nessas instituições e indígenas. A Secretaria de Saúde ressalta que qualquer pessoa que esteja fora desses grupos devem aguardar as próximas etapas.

Tenho mais de 75 anos, entro nessa fase de vacinação?

Não. Idosos maiores de 75 anos estavam, inicialmente, no grupo prioritário para receber a vacina contra a covid-19 na primeira fase. No entanto, pelo número reduzido de doses que foram disponibilizadas neste primeiro momento, este grupo passou a integrar a segunda etapa de vacinação. Portanto, idosos não devem procurar os postos de saúde e nem os hospitais para receber a primeira dose da vacina.

Quais profissionais da saúde vão receber a vacina?

Entre os profissionais listados pela Secretaria de Saúde estão: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas que atuam nas unidades de terapia intensiva (UTIs) para tratar pacientes com novo coronavírus. Os trabalhadores administrativos responsáveis pela ficha de atendimento dos pacientes também serão contemplados, assim como os vigilantes e os profissionais de limpeza de hospitais e das unidades básicas de saúde (UBSs). Servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), equipes do Corpo de Bombeiros Militar que fazem o atendimento pré-hospitalar e profissionais da atenção primária que estão no atendimento a pacientes com sintomas respiratórios.

Estou entre os grupos prioritários, como devo proceder?

Se trabalha em unidade hospitalar pública, procure informações no local onde atua. A vacina será aplicada no dia de folga do profissional. Quem atua na rede particular, deve procurar o hospital mais próximo da residência. Haverá controle de quem já foi vacinado, com ficha cadastral atrelada ao CPF da pessoa, além da entrega de comprovante da primeira dose. É de extrema importância guardar o comprovante, para garantir a aplicação da segunda dose da vacina do mesmo fabricante.

Já tive covid-19, posso tomar a vacina?

Sim. O secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Alexandre Garcia, esclareceu durante coletiva de imprensa que quem já teve a doença deve ser vacinado também. Especialistas e infectologistas orientam que se deve tomar a vacina depois de 30 dias após o diagnóstico positivo para a covid-19. O reforço na imunização visa garantir que a pessoa não tenha casos de reinfecção na forma grave. Estudos mostram vários casos de reinfecção, ou seja, os anticorpos produzidos durante a doença não são sustentáveis por longo tempo. Com a vacina, a resposta imunológica é mais duradoura.

 

 


 


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