Ajuda virtual

postado em 09/01/2021 06:00

Para auxiliar pessoas que sofrem de algum transtorno mental, o Coletivo Motirõ está desenvolvendo o Aplicativo Amigo. Na plataforma, serão oferecidos atendimentos gratuitos para quem precisa, principalmente para adolescentes. O trabalho do movimento começou em 2015, no Sol Nascente. Aos poucos, foi se ampliando e, hoje, a sede é em Samambaia Sul. O grupo conta com 140 voluntários inscritos, entre eles psicólogos, e tem parceria com quatro escolas públicas da região, onde oferecem diversas atividades, como dança, artes marciais, oficina de grafite, palestras sobre prevenção e combate de doenças psicossomáticas, tanto para alunos quanto professores, cursos de qualificação profissional, entre outros. Devido à pandemia do novo coronavírus, o trabalho ficou suspenso nas escolas, mas continuam os atendimentos psicológicos nas plataformas digitais.

O diretor administrativo do Motirõ, Flávio Almeida, conta que durante os anos desenvolvendo o trabalho nas escolas, chamou a atenção o aumento no índice de doenças psicossomáticas entre os adolescentes. Nos locais onde têm parceria, souberam de meninos e meninas se automutilando, casos de depressão, ideação suicida, ansiedade, síndrome do pânico, entre outros transtornos. Preocupado, o diretor-executivo do coletivo, Anderson Silva, teve a ideia de criar o aplicativo para atender a demanda. “Ele passou isso para a equipe e todos abraçamos a ideia. Começamos a desenvolver o app, que vai atender os adolescentes. Com linguagem interativa e ferramentas úteis, a conversa será por meio de um chat. Muitos são tímidos para fazer ligação e a maioria faz parte do mundo virtual”, explica. Além da plataforma, a ideia é criar um canal no YouTube.

A ideia inicial era lançar o aplicativo este mês, já que é dedicado à conscientização da saúde mental. Mas, devido à pandemia do novo coronavírus e à falta de recursos financeiros, foi preciso adiar o começo dos atendimentos. “Agora, a previsão é para março. Queremos atender o maior número de adolescentes possível. O projeto vai funcionar como um call center. Voluntários vão passar por um treinamento específico com profissionais da área. Ainda precisamos de computadores. Cremos e estamos trabalhando para começar logo”, diz.

Para atender os casos mais graves, o grupo vai separar duas salas na sede para receber os adolescentes, familiares, professores e diretores. Por ser uma instituição sem fins lucrativos, o Coletivo Motirõ conta com o apoio de voluntários e doações. Quem quiser conhecer melhor o trabalho desenvolvido pelo grupo e ajudar, pode entrar em contato pelas redes sociais.

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