O motociclista acusado de atropelar e matar a cobradora de ônibus Íris Maria Lima Gonçalves, de 51 anos, no Pedregal, bairro do Novo Gama (GO), havia sido liberado do Complexo Penitenciário da Papuda e cumpria regime domiciliar, segundo apurou o Correio. Pablo Elias da Silva, conhecido como “pescoço”, é procurado pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO).
A cobradora foi atropelada na virada de ano-novo, no sábado (1º/1), quando saía de casa, na Parada 15 do Pedregal, para levar um prato de carne assada a uma vizinha, que mora próximo a ela, quando foi atingida pelo motorista, que fugiu do local sem prestar socorro.
O Correio apurou que Pablo e um primo foram presos em 2017, em Ceilândia. Como consta nos autos do processo, em 20 de março do respectivo ano, duas mulheres estavam em frente a um lava-jato, na QNM 19, Conjunto L, quando os dois jovens a abordaram e anunciaram o assalto. A dupla fugiu em seguida em um Fox branco.
À época dos fatos, uma testemunha policial narrou que, após pesquisas nos sistemas, se deparou com ocorrências similares. Na delegacia, as vítimas reconheceram, por meio de fotos, a autoria de Pablo. O jovem foi reconhecido em, ao menos, outras cinco situações semelhantes. Fontes ouvidas pela reportagem disseram acreditar que o autor esteja escondido em Ceilândia, onde tem parentes.
Revolta
Amigos e familiares se dizem revoltados com a morte da cobradora. Íris prestava serviço havia mais de três anos para a TNG Transportes, empresa do Novo Gama. Por meio das redes sociais, a TNG lamentou a morte da funcionária: “Hoje, a família TNG está de luto. Perdemos uma grande companheira. Que Deus conforte os corações de amigos e familiares”, escreveu a instituição.
No dia do acidente, a vítima chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital de Base, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu nesse domingo (3/1). Segundo relataram amigos e familiares, a mulher não conseguiu vaga na unidade de terapia intensiva (UTI). Procurado pela reportagem, o Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF) informou que “não procede a informação de que a paciente I.M.L.G veio a óbito por não ter sido internada em leito de UTI no Hospital de Base”. Segundo o Iges, a paciente chegou ao HB em estado grave, tendo sido internada no Posto 1 da Neurocirurgia, “onde recebeu o suporte adequado e o devido atendimento médico que o caso requeria”.
Íris deixa três filhos e três netos.
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