Covid-19

DF receberá 230 novos leitos de UTI, diz Secretaria de Saúde

Ação faz parte do plano de mobilização para combater segunda onda da covid-19. Vinte leitos deverão ser entregues até quinta-feira (31/12)

Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (30), no Palácio do Buriti, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal anunciou que o DF receberá 230 novos leitos para tratamento da covid-19. A iniciativa faz parte do Plano de Mobilização de Leitos Covid-19 para o enfrentamento da segunda onda da pandemia. A mobilização dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) acontecerá em duas etapas e cada uma será dividida por fases. O início de cada uma depende da taxa de ocupação dos leitos da etapa anterior.

Na primeira etapa, chamada de Mobilização, 151 vagas de UTI serão abertas em até duas semanas. Desse total, 10 estão funcionando no Hospital Regional de Samambaia (HRSam), e outros 10 estão previstos para serem inaugurados até o final desta quarta. Nesse estágio, serão 7 fases: 

* 20 leitos de UTI do Hospital Regional de Samambaia;
* 40 leitos de UTI do Hospital Regional de Santa Maria;
* 20 leitos de UTI do Hospital Regional da Asa Norte;
* 20 leitos de UTI do Hospital Regional do Gama;
* 10 leitos de UTI do Hospital Regional de Ceilândia;
* 18 leitos de UTI do Hospital Universitário de Brasília;
* 23 leitos de UTI dos Hospitais contratados (Daher, HOME e São Francisco).

A segunda etapa, chamada de Ativação, é dividida em quatro fases, na qual serão implementados leitos que dependem de contratação. Também estão previstas 12 unidades pediátricas, caso haja necessidade. 

* 20 leitos de UTI do Hospital de Campanha da Ceilândia (modificação de leitos de Enfermaria Covid-19 para UTI Covid, com previsão para o dia 20 de janeiro de 2021);
* Sete leitos de UTI do Hospital Regional de Samambaia (ocupação de espaço já construído e equipado para UTI covid-19, com previsão para o dia 20 de janeiro de 2021);
* 20 leitos de UTI do Hospital Daher (contratação por meio de contrato específico para leitos de UTI covid-19);
* 20 leitos de UTI do Hospital de Base.

O secretário de vigilância à saúde substituto Cassio Peterka afirmou que a pasta não vai esperar um aumento na disseminação do vírus. "Não vamos esperar a segunda onda. A qualquer pequeno indício que possa ter um aumento, a gente inicia todas as operações para ter um tempo hábil de realizar todas as atividades."

Também foram mostrados os resultados parciais do inquérito soroepidemiológico do novo coronavírus, que tem feito testes em moradores sorteados. De acordo com o secretário adjunto de assistência à saúde, Petrus Sanchez, a secretaria visitou 2059 casas, das quais 52% foram testadas.

Os outros 48% não foram feitos por recusa dos moradores ou ausência. Dos testados, 63% são do sexo feminino e 37% masculino. Em média, 80% das pessoas tiveram resultado negativo para covid-19; 17% positivo e 3% inconclusivo.

De acordo com o balanço mais recente, o DF tem um total de 4.241 óbitos desde o início da pandemia. Em 24 horas, foram registrados 723 novos infectados, totalizando em 250.457. Destes, 239.922 (95,8%) estão recuperados.

Participaram da coletiva o secretário de Saúde, Osnei Okumoto; o secretário adjunto de assistência à saúde; Petruz Sanchez; o secretário de vigilância à saúde substituto, Cassio Peterka; o subsecretário de logística, Artur Felipe Siqueira; o chefe da assessoria do gabinete da coordenação de atenção primária à saúde, José Eudes; e a subsecretária de atenção à saúde substituta Aurilene de Souza Luís.