A União Química, em parceria com o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF), registrou, nesta terça-feira (29/12), o pedido para a aprovação da fase de testes clínicos da vacina russa contra a covid-19 no Brasil. O Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) foi protocolado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O dossiê é necessário para a realização de testes e um posterior registro do imunizante. A companhia afirmou, em nota, que "tem adotado todas as medidas necessárias para o cumprimento dos requisitos e exigências deste processo, em especial da segurança, eficácia e bem-estar da população brasileira."
"Todos os esforços industriais, tecnológicos e científicos estão sendo realizados de forma a disponibilizar o quanto antes o maior número de doses possíveis para o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19 do Ministério da Saúde", continua a nota.
Caso o documento seja aprovado, a produção da Sputnik V, por meio de transferência de tecnologia, terá início de em janeiro de 2021, nas unidades da União Química de biotecnologia, fracionamento e envase, em Brasília e Guarulhos (SP).
De acordo com a farmacêutica, a Sputnik V é a primeira vacina registrada do mundo fundamentada em uma plataforma com base de adenovírus humano.
Eficácia
Em novembro, a Rússia chegou a afirmar que a vacina teria eficácia de 95%. Porém, dias depois, o país informou que, segundo dados preliminares da terceira fase de pesquisa, a eficácia seria de 92%.
O comunicado divulgado pelo Centro Gamaleya e o RDIF diz que o resultado foi obtido a partir de uma pesquisa com mais de 16 mil voluntários, 21 dias após o recebimento da primeira dose da vacina, que é inoculada em duas doses, ou placebo.
Outras vacinas
No Brasil, estão sendo testados outros quatro imunizante, sendo eles: Coronavac, Oxford/AstraZeneca, Jonhson & Jonhson e a Pfizer/BioNTech. No DF, a Universidade de Brasília (UnB) é responsável pelos testes da chinesa Coronavac.