Capital S/A

Samanta Sallum samantasallum.df@cbnet.com.br

“O guerreiro de sucesso é um homem médio, mas com um foco apurado como um raio laser”
Bruce Lee, ator

 

Setor Produtivo quer mais prazo para pagar imposto
O Fórum do Setor Produtivo do Distrito Federal encaminhou ao governador Ibaneis Rocha documento pleiteando o não reajuste do IPTU em 2021 e o parcelamento em, no mínimo, 10 vezes do pagamento do imposto. O pedido é assinado pelos presidentes das sete entidades que fazem parte do grupo. São elas: federações da Indústria, do Comércio, da Agricultura, das Empresas de Transporte de Carga, Sebrae e Câmara de Dirigentes Lojistas.

Em 2020, o setor, mesmo com a pandemia, teve de pagar normalmente o IPTU — em, no máximo, quatro parcelas. Segundo o Fórum do Setor Produtivo, a recuperação econômica ainda é lenta. E, especialmente, está em jogo a sobrevivência de micro e pequenas empresas, que continuam operando com baixo faturamento e prejuízo.

 

Cenário de incerteza
O fórum argumenta que as empresas precisam de caixa para garantir o pagamento de funcionários e fornecedores, além de que há um elevado grau de incerteza quanto à normalização da atividade econômica.

As lideranças do fórum vão se reunir na semana que vem com o governador, para apresentar um balanço do setor em 2020 e mostrar que a medida é necessária para impedir a inadimplência.

 

Pinheiro Ferragens: do freio à expansão
A empresária Janine Brito (foto), à frente da Pinheiro Ferragens, reforça como a construção civil esteve pujante no DF e que, graças a isso, foram minimizados alguns dos impactos negativos da pandemia na economia. Ela anuncia a expansão, para 2021, em 50% da produção e das instalações da indústria, em Ceilândia. Além disso, vai abrir mais uma loja, agora em Valparaíso (GO).

“O ano de 2020 foi o ano do freio. Mas tivemos um balanço positivo da empresa. E vamos expandir no próximo. A pandemia levou as pessoas a fazer uma reforma interna, no seu íntimo, e também externa, em suas casas”, afirma a diretora-executiva da empresa.

 

Hora de renascer
Segundo Janine, 2020 foi um ano de transformação, apreensão e aprendizado. “Tivemos de reaprender a viver. Agora, é o momento do renascimento para 2021. Por isso, o Natal é tão impontante para mim”, diz.

Ela também vê esperança com chegada de uma vacina, porém questiona a obrigatoriedade. “A vacina traz uma boa sensação para o mercado, para a economia, de que a pandemia está sendo controlada. Acho que ela deve estar acessível a todos que queiram se vacinar. Mas sou contra a obrigatoriedade, pois cada ser humano tem as suas especificidades, e não podemos passar por cima disso, desse direito”, avalia.

 

Obras em andamento aquecem economia
Empresários fazem balanço de 2020 para 2021. A construção civil no DF conseguiu atravessar a pandemia sem parar as atividades. Ela foi responsável por garantir empregos e ajudar setores de serviços e comércio relacionados à moradia. O empresário Paulo Octávio afirma que uma grande cadeia produtiva é estimulada com a realização de obras.

Segundo ele, com as medidas de precaução tomadas, o índice de contaminação foi baixo. “Temos 1,5 mil operários trabalhando e registramos apenas 40 casos de covid-19. Todos de forma leve e que foram tratados. Garantimos médicos de plantão nas obras. Assim, foi possível manter muitos empregos e parte da economia local funcionando”, aponta.

 

Melhor investimento
Atualmente, a construtora PaulOOctávio realiza 13 grandes obras no DF. O empresário afirma que o mercado imobiliário esteve aquecido em 2020, devido às condições muito boas de financiamento de imóveis. E, também, confirmou-se com a melhor rentabilidade, comparado a outros investimentos.

 

Esperança da vacina
“Em 2020, todos perceberam a fragilidade do ser humano. A família, os amigos, a solidariedade entre as pessoas. Tudo isso passou a ser mais valorizado. Minha geração, pela primeira vez, enfrenta uma guerra mundial. Neste caso, contra um vírus”, diz Paulo Octávio (foto).

Para 2021, a vacina é a esperança de todos, segundo ele. “Eu estou otimista. Acredito que as pessoas, assim que possível, vão querer voltar a viver plenamente, porém, com hábitos mais saudáveis, valorizando mais o bem-estar e os bons momentos.”