Comissão de Direitos Humanos

CLDF acompanhará investigações sobre o caso do jovem agredido por bombeiro

O sargento Guilherme Marques Filho foi flagrado pelas câmeras de segurança de uma loja agredindo e ameaçando um homem que teria tentado impedir o assédio

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) acompanhará as investigações acerca do caso do programador Jair Aksin Reis, de 25 anos, agredido pelo sargento do Corpo de Bombeiros Militar (CBM-DF) Guilherme Marques Filhos. O jovem sofreu agressões ao tentar defender uma mulher assediada no metrô de Taguatinga, na sexta-feira (18/12).

A denúncia foi formalizada na Comissão de Direitos Humanos (CDH) pela vítima. Segundo o distrital Fábio Felix, presidente da CDH, a atuação da Casa será “firme” para defender a vítima de agressão. “Vamos acompanhar o caso junto à Corregedoria do Corpo de Bombeiros e acompanhar as investigações da Polícia Civil”, pontuou o deputado.

Câmeras do circuito interno de segurança flagram o momento em que o sargento dá dois tapas na cabeça do jovem e o ameaça com uma arma de fogo nas mãos. Em ocorrência registrada na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), Jair Aksin contou que estava no metrô, quando viu o militar alisando os cabelos de uma mulher. O rapaz, então, teria intervindo na situação e, em seguida, o bombeiro o teria ameaçado de sacar a arma.

Ainda de acordo a ocorrência, um segurança do metrô interveio, momento em que a vítima saiu do local. Ao perceber que estava sendo seguido pelo militar, Jair entrou em uma loja, como detalha o boletim. “É gravíssimo que o cidadão seja agredido dessa forma por um servidor público, fora do horário de trabalho, que ostenta uma arma de fogo contra a vítima, que teve a dignidade humana atacada. É função do poder público, nesse caso, garantir a integridade física da vítima”, argumentou Fábio Felix.