A brasiliense disputada por multinacionais
A história da empresa de tecnologia CTIS começa em 1983, quando Avaldir Oliveira (foto) e o sócio, Elias Queiroz, decidem sair dos empregos na CEB para abrirem o próprio negócio. “Juntamos nossos FGTS e criamos a empresa, que começou bem pequena. Fazíamos tudo quase que sozinhos”, lembra Avaldir. Anos se passaram e a empresa brasiliense virou a segunda maior de serviço e suporte de informática do Brasil. A atuação se expandiu para outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará, atendendo contratos no setor público e privado. Chegaram a ter 11 mil funcionários. Em 2014, Avaldir e o sócio decidiram abrir a empresa ao mercado. O faturamento naquele ano chegou a R$ 1 bilhão. Três multinacionais disputaram o controle da CTIS. O grupo chileno Sonda, presente em 10 países da América Latina, venceu o processo. Avaldir permaneceu na presidência para realizar a transição até 2017. “Mas não quis me aposentar. E criei outra empresa, a B2CTecnologia. Não consigo ficar parado, o empreendedorismo está na alma”, conta.
Nova empresa com aplicativo
A CTIS tinha outra empresa para gerir as lojas que comercializavam computadores e produtos de informática. Ela também foi vendida, mas para o grupo goiano Primetec. Agora, Avaldir está à frente da empresa de transformação digital que criou o aplicativo Wynk. Em 2 anos passaram de 1,2 mil usuários para 320 mil no DF. Atua na área do comércio varejista, levando para o mundo digital promoções especiais e campanhas de brindes e sorteios de estabelecimentos comerciais como shoppings. O consumidor, em vez de ter de entrar na fila nos quiosques dos shoppings parceiros para trocar notas fiscais de compras em cupons para concorrer a prêmios, pode, pelo aplicativo, fazer isso. A empresa oferece outros serviços como Wynk Pay. “Usado também como moeda, o consumidor soma pontuação e pode utilizar fazendo compras”, explica o empresário, de 69 anos.
Receita de sucesso
O segredo do sucesso está em colocar “o coração na empresa e a empresa no coração”. Segundo ele, a receita é ética com o mercado e profissionalismo com os colaboradores, os funcionários. “Tínhamos na CTIS um time muito forte. Era muito difícil tirar um profissional do nosso quadro”, afirma.
Única do DF em seleção da Petrobras
A CTIS Tecnologia foi a única empresa do Distrito Federal pré-selecionada pela Petrobras para um edital piloto, em âmbito nacional, de soluções para teste. Inédita, a seleção, lançada há menos de um mês, destina-se a testar internamente soluções inovadoras, validadas ou em fase de validação no mercado. Serão escolhidas cerca de 10 soluções para contratação, no valor de até
R$ 60 mil cada, com verba total de R$ 600 mil.
Desafio Saúde
A CTIS foi classificada no desafio: “Acesso aos parâmetros biométricos e às condições de saúde de trabalhadores em áreas offshore e industrial”. Ao todo, foram 19 startups e empresas pré-selecionadas. Hoje ocorre o Pitch Day, quando elas farão apresentações virtuais para a banca de especialistas da Petrobras que definirá as vencedoras até o fim de dezembro.
Inovação
“Inovar está no DNA da Petrobras, e o que temos feito é intensificar isso, como é o caso deste edital piloto de soluções rápidas. Buscamos ideias criativas capazes de melhorar nossos processos e trazer mais segurança às nossas operações, gerando mais valor para o nosso negócio”, afirma o diretor de Transformação Digital e Inovação da Petrobras, Nicolás Simone.
Arte, um bom negócio
A Casa Albuquerque Arte Contemporânea chegou a Brasília em março, pouco antes de as medidas restritivas serem impostas pela pandemia. Agora, o espaço na QI 05 do Lago Sul foi reaberto. A galeria é de Belo Horizonte, uma extensão do trabalho pioneiro da galerista Celma Albuquerque. Atuando há mais de 30 anos no mercado de arte brasileiro, os irmãos e sócios Flavia Albuquerque e Lucio Albuquerque dão prosseguimento ao legado da mãe neste novo empreendimento no Distrito Federal. A galeria vem movimentando o mercado de arte local, com a realização de exposições individuais e coletivas, além de oferecer o que há de melhor na produção da arte contemporânea brasileira. No acervo, Amilcar de Castro, Arcângelo Ianelli, Antonio Dias, Volpi entre outros.