Saúde

Plano de combate à tuberculose no DF permite acesso a tratamento

Elaborado pela Secretaria de Saúde, o plano tem o objetivo incrementar ações de prevenção e controle da doença. Segundo a pasta, a taxa de recuperação da tuberculose está abaixo do recomendado

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) aprovou, nesta segunda-feira (14/12), o chamado Plano de Enfrentamento à Tuberculose para direcionar ações de prevenção e controle da doença. A medida considera indicadores epidemiológicos, operacionais e socioeconômicos necessários ao enfrentamento.

A iniciativa foi elaborada por um grupo de trabalho instituído pela Portaria n° 197, de 26 de março de 2019, e sob a coordenação da área técnica de tuberculose da Gerência de Vigilância de Doenças Transmissíveis (GVDT). A enfermeira Françoise Vieira Barbosa, integrante da área técnica, explica que o plano é composto por três pilares que abrangem medidas voltadas para pesquisa e inovação na área, assistência e políticas de apoio. “As regiões de saúde do DF terão diretrizes norteadoras, que facilitarão a implementação de ações locais”, disse.

Segundo o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, a aprovação do projeto é uma estratégia de alinhamento de toda a rede que possibilita o acesso e realização dos exames e o tratamento integral dos pacientes. “Teremos como incrementar ações de prevenção e controle da doença de forma mais objetiva, precisa e com possibilidade de resultados melhores e mais eficazes”, destacou o chefe da pasta.

Além da implementação de medidas preventivas e de controle da tuberculose, a Secretaria de Saúde poderá delinear a linha de cuidado, organizar os fluxos da doença e monitorar a implementação do plano nas regiões de saúde. De acordo com a pasta, essas medidas irão contribuir na qualidade da assistência, na gestão e vigilância, além de acelerar o processo de eliminação da doença como problema de saúde pública no Distrito Federal.

A doença no DF

Segundo a pasta, a taxa de cura de tuberculose no Distrito Federal, de 53,2%, está abaixo da recomendação nacional e internacional de 85%. Isso reflete a fragilidade no êxito do tratamento da doença e, por consequência, na quebra da cadeia de transmissão. Além disso, o indicador de abandono do tratamento (8%) está acima do valor máximo aceitável de 5%.

Em 2018, 372 novos casos de tuberculose em residentes foram notificados no Distrito Federal. O coeficiente de incidência, no ano de 2018, foi de 12,5 casos por 100 mil habitantes. Entre os anos de 2009 a 2018, a maior incidência ocorreu em 2012, com 13,9, seguida do ano de 2014, com 13,4 casos por 100 mil habitantes.