A rede pública de saúde começa a entregar os primeiros sensores para monitorar a glicose de diabéticos com menos desconforto. Os primeiros pacientes com diabetes tipo 1 começaram a receber o equipamento, e a expectativa é de que até 300 pessoas sejam beneficiadas nos próximos meses.
Segundo nota da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), o sensor substitui as picadas no dedo, o que gera mais conforto aos usuários. A tecnologia do Sistema Único de Saúde (SUS) começou a ser distribuída no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh).
O pequeno sensor descartável e a prova d'água fica preso por um adesivo no braço do paciente por 14 dias. Um aparelho recarregável faz a leitura para transmitir, a distância, os dados ao médico.
A inovação, que permite que pacientes chequem na primeira hora a glicose, também informa a tendência de glicose, demonstrada no leitor pelo sinal de uma seta. O equipamento é capaz ainda de armazenar dados glicêmicos dos últimos 90 dias, sendo necessário que os pacientes façam, no mínimo, sete escaneamentos ao longo do dia.
A princípio, os aparelhos serão entregues tanto no Cedoh quanto no ambulatório localizado no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), mas a expectativa é de que, com o tempo, outros ambulatórios que tratam de diabéticos também possam entregar os aparelhos. Até o momento, a prioridade tem sido dada aos casos mais críticos, além de gestantes e crianças de até 7 anos, por serem mais sensíveis à doença e correrem mais riscos.
Nas unidades de saúde, um médico identificará a necessidade do uso do aparelho e, caso o paciente se enquadre nos critérios, deverá participar de reuniões educativas sobre a funcionalidade do equipamento, assinando um termo de compromisso. Só então, o diabético beneficiado poderá buscar os sensores, que deverão ser trocados de 14 em 14 dias.
De acordo com a pasta da Saúde, o objetivo é alcançar cerca de 750 pacientes, a depender da dinâmica e do uso adequado e responsável dos sensores. Pessoas com diabetes tipo 1 foram escolhidos para receber os sensores por apresentarem um quadro mais complexo de tratamento.