Para ser considerada uma cidade inteligente, Brasília precisa implementar um plano de ação, que vai desde acesso gratuito à internet até a destinação adequada do lixo eletrônico. A avaliação é do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal, Gilvan Máximo, que participou nesta terça-feira (8/12), do programa CB.Poder, parceria do Correio e da TV Brasília.
Na entrevista, Máximo garantiu que Brasília se tornará um polo da indústria tecnológica nos próximos anos. Ele destacou o sucesso do Projeto Wi-Fi Social DF, criado no ano passado para promover a inclusão digital por meio de internet gratuita à população e que contabiliza mais de 32 milhões de acessos até agora.
A meta, segundo ele, é contemplar todas as regiões administrativas com 200 pontos fixos de wi-fi e estações do Metrô-DF até 2021. "O projeto é um case de sucesso nacional com custo zero para o governo e já funciona em mais de 500 ônibus e 54 pontos fixos do DF, como a Rodoviária do Plano Piloto, onde cinco empresas já operam normalmente. Com a pandemia, também supriu a demanda dos alunos de baixa renda para fins de estudo."
Máximo destaca que o Wi-Fi Social não custa nada aos cofres do GDF, já que as empresas credenciadas no projeto custeiam a instalação e a manutenção das redes em troca de exploração da publicidade digital. “Tudo é pago pelas empresas que anunciam os seus produtos para os usuários que utilizam o sistema", explicou.
Energia limpa
Gilvan Máximo também ressaltou os resultados do programa Reciclotech, primeira usina de reciclagem de eletrônicos da América Latina, que transforma em acesso à tecnologia todo o lixo eletrônico descartado pela população.
Hoje, a Secti-DF disponibiliza recolhimento via drive-trhu ou em um dos 120 pontos destinados à arrecadação do lixo eletrônico em todo DF. “Só no parque Olhos D´Água, na Asa Norte, o governo já arrecadou 10 toneladas de lixo eletrônico e já está pronto para doar 600 computadores reciclados. Em um ano, 30 mil máquinas devem ser recuperadas e destinadas aos alunos de baixa renda", informou.