O ministro da Justiça e Segurança Pública (MJ), André Luiz de Almeida Mendonça, autorizou a prorrogação, por mais seis meses, do emprego da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) nas ações de policiamento de guarda e vigilância no perímetro interno da Penitenciária Federal de Brasília — unidade prisional que abriga o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. A decisão foi publicada, na edição de ontem, no Diário Oficial da União (DOU).
A atuação, que contará com apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), será em caráter episódico e planejado por mais 180 dias, a contar de 4 dezembro a 1° de junho de 2021, podendo ser prorrogada, segundo a determinação. A operação terá o auxílio logístico do órgão, que deverá dispor da infraestrutura necessária à FNSP.
Desde fevereiro do ano passado, as tropas atuam na Penitenciária Federal, mês em que quatro membros do PCC foram transferidos para Brasília. Em 19 de outubro, a unidade prisional recebeu o reforço de carros blindados, do modelo EE-11 Urutu, que são utilizados em ações de segurança e exercícios de defesa nas áreas externa e interna do presídio.
Facções na capital
A transferência de líderes do PCC para o DF começou em outubro de 2018, com a inauguração da Penitenciária Federal de Brasília. À época, três chefes da facção criminosa vieram para a prisão. Em fevereiro, outros três líderes do grupo deixaram São Paulo e tornaram-se internos no DF. Em março, foi a vez de Marcola, líder do PCC, ser alocado na Penitenciária Federal. Em dezembro, suspeitas sobre um plano para resgatá-lo mobilizaram equipes do Exército Brasileiro, do Comando Militar do Planalto e da Força Nacional. (DD)