Covid-19

Ibaneis cogita restrições em bares para conter segunda onda

Governador afirmou nesta terça-feira (1/12) que, caso não haja conscientização, terá de tomar medidas mais duras

Diante do crescimento da taxa de transmissão da covid-19 no DF, o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou, nesta terça-feira, que não descarta retomar medidas mais duras para conter o avanço da doença na capital. Inicialmente, o governo investirá em conscientização. Entretanto, caso a estratégia não dê resultado, algumas restrições devem voltar. 

"Eu pedi a ele (o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto) que se reunisse para que a gente tenha, primeiramente, um movimento de conscientização. Caso contrário, nós vamos adotar algumas medidas restritivas, que serão necessárias principalmente no que diz respeito aos bares, onde a gente tem visto uma aglomeração muito grande" afirmou o governador.

"Esse fim de semana eu coloquei as equipes do DF Legal para visitar vários locais e nós tivemos um número muito elevado de autuações desses locais. Então, ou eles partem para nos ajudar na conscientização, ou infelizmente, ou felizmente, porque eu tenho que cuidar da saúde da população, eu vou ter que encerrar o expediente desses locais cada vez mais cedo e implementar restrições a quantidade de pessoas", complementou.

De acordo com Ibaneis, todas as medidas estão sendo analisadas pela equipe técnica da Saúde local. 

Na tarde desta terça, o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, se reúne com representantes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio) e sindicatos para tentar encontrar formas de intensificar a fiscalização e o cumprimento das medidas de combate à doença.

Alerta

Nessa segunda (30/11), Okumoto fez um apelo para que os brasilienses não relaxem as medidas de segurança, pois, só assim, segundo ele, será possível evitar a disseminação do vírus. “Quando observamos a taxa de transmissão R(t) do DF, estamos em alerta para uma possível segunda onda”, observou.

Desde 28 de novembro, este índice é de 1,3 — em que 100 infectados passa o vírus para 130 pessoas —, o que, segundo o secretário, indica um avanço do novo coronavírus na capital federal. A taxa é um dos três fatores utilizados pela Secretaria de Saúde (SES-DF) para avaliar a situação da pandemia em Brasília.

Segundo o último boletim epidemiológico divulgado, em 24 horas, o DF registrou 444 casos e cinco mortes devido à doença, somando 229.146 infectados e 3.930 óbitos.