Além da pandemia do novo coronavírus, que tomou as manchetes ao longo deste ano, outro assunto também chamou a atenção dos brasilienses: os casos envolvendo animais exóticos no Distrito Federal.
Naja
Em julho, a Polícia Civil desmantelou um esquema de tráfico internacional de animais depois que Pedro Krambeck, 22 anos, foi picado por uma cobra naja que ele criava em casa, o que é ilegal. Ao longo das investigações, os agentes identificaram outras 16 cobras sob a tutela dele, que as traficava há pelo menos cinco anos. Depois de uma temporada no Zoológico, a naja de Brasília ficou famosa: fez um ensaio fotográfico e agora, foi transferida para o Instituto Butantan em São Paulo.
Tubarões
Em outra ação no mesmo mês, três tubarões foram localizados pela Polícia Civil em uma operação na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires, dentro de uma casa, em um aquário clandestino. Para surpresa dos investigadores, a descoberta não parou por aí: sete serpentes, sendo cinco jiboias e duas pítons; um lagarto teiú; e uma moreia também foram encontrados na chácara em situação de maus-tratos. O responsável foi autuado em flagrante.
Onça
Mas as histórias envolvendo os bichos não se resumem apenas ao tráfico de animais exóticos: também houve casos de solidariedade. Com os incêndios que devastaram a região do Pantanal, muitos animais acabaram sofrendo com queimaduras. Uma onça-pintada precisou ter as patas enfaixadas por causa dos ferimentos, e foi trazida do Mato Grosso a Corumbá (GO), no Entorno do DF, onde recebeu tratamento em um centro especializado em felinos.
Cães
Os cães também foram personagens em matérias. Em novembro, os bombeiros resgataram uma buldogue que caiu dentro de um bueiro no Guará. Em São Sebastião, os moradores mobilizaram uma vaquinha virtual para custear a cirurgia de uma vira-lata caramelo, que foi atropelada na região, e sofreu uma fratura na coluna. Já em dezembro, um crime chocou o DF: o cachorro Bolt foi morto com uma barra de ferro em Arniqueira. A ação do morador contra o cão foi registrada por câmeras de segurança.
Em outubro, o governador Ibaneis Rocha (MDB) sancionou uma lei que endureceu a punição aos condenados por maus-tratos aos animais. Uma norma federal, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro na mesma data, prevê a prisão dos infratores por até cinco anos. Bolsonaro, inclusive, protagonizou cenas marcantes com outro bicho neste ano: uma ema.
Ema
O chefe do Executivo contraiu o coronavírus em julho e foi fotografado na residência oficial do Palácio da Alvorada apontando uma caixa de hidroxicloroquina a uma ema. Ele defendia o tratamento dos infectados pela covid-19 com o medicamento, que não tem eficácia científica comprovada contra a infecção. Bolsonaro alegava que usou o remédio para se recuperar.
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