Com a desmobilização do Alojamento Provisório do Autódromo, os acolhidos em situação de rua que estavam abrigados no local passam a receber benefícios sociais que vão garantir autonomia e dar a eles a possibilidade de sair das ruas. A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) realizou o aporte de recursos de mais de R$ 174,3 mil, para concessão de 376 benefícios socioassistenciais aos acolhidos.
Durante os nove meses nos alojamentos provisórios, os acolhidos, além de local limpo e seguro para morar, também receberam cursos profissionalizantes e orientações fundamentais para a reinserção no mercado de trabalho.
No total, foram pagos 109 benefícios excepcionais, que é quando o beneficiário recebe uma ajuda mensal de R$ 600 para pagar o aluguel. O benefício vale por um período de até seis meses, para que o acolhido possa se reestabelecer, podendo ser prorrogado.
Também foram pagos 261 auxílios calamidade, no valor de R$ 408, recurso que é destinado às pessoas em situação de vulnerabilidade social que passam por dificuldades financeiras causadas por desastre ou calamidade pública, como ocorre no DF em razão da pandemia da covid-19. Nesse caso, a parcela é única, mas pode ser solicitada mais de uma vez após análise da equipe socioassistencial.
Nesse recurso está incluído ainda o pagamento de seis auxílios de vulnerabilidade temporária, que pode ser concedido, por exemplo, em forma de passagem de ônibus interurbano e interestadual para os acolhidos que escolheram recomeçar a vida em suas cidades de origem. Todos os benefícios podem ser acumulados, ou seja, um mesmo usuário pode receber um, dois ou os três benefícios ao mesmo tempo, após acompanhamento e avaliação de cada caso.
Do total de 55 usuários que ainda estavam acolhidos no Alojamento Provisório do Autódromo, 51 receberam benefícios socioassistencias e passagens interestaduais para viabilizar os desligamentos definitivos. Os quatro usuários restantes foram absorvidos pela rede de acolhimento institucional já disponível pela Sedes, por meio de execução direta ou indireta.
Alojamentos
Com 200 vagas cada um, tanto o Alojamento Provisório do Autódromo, instalado no Plano Piloto, quanto o Alojamento Provisório de Ceilândia, localizado no estádio do Abadião, são estruturas temporárias criadas para acolher pessoas em situação de rua e prevenir a disseminação do novo coronavírus entre essa população. Junto com as unidades provisórias, a Sedes também ampliou neste ano a capacidade da unidade de acolhimento da Granja das Oliveiras, no Recanto das Emas, em mais 105 vagas permanentes.
Devido ao contexto da pandemia da covid-19, o GDF firmou parcerias com duas Organizações da Sociedade Civil para oferta de alojamentos provisórios para pessoas em situação de rua. Os termos de colaboração sofreram prorrogações, a exemplo do alojamento que estava localizado no Autódromo Internacional de Brasília, originalmente estabelecido com vigência de três meses, sendo prorrogado até o nono mês de execução.
Além da concessão dos benefícios socioassistenciais para os acolhidos dos Alojamentos Provisórios, a Sedes também fez um levantamento das vagas nas unidades de execução direta e nas unidades parceiras de acolhimento para receber os usuários que desejam permanecer no acolhimento institucional.
Considerando o caráter provisório dos alojamentos, a continuidade da situação de pandemia mundial e a necessidade de abertura de novas vagas em serviços de abrigamento, foi publicado em outubro um edital de chamamento que prevê a abertura de 600 novas vagas de acolhimento na modalidade casa de passagem, a mesma ofertada pela Unidade de Acolhimento para Adultos e Famílias (UNAF-Areal), voltada para atender pessoas em situação de rua.
Com informações SEDES
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