Investigado por envolvimento em latrocínio de PM da reserva presta depoimento

Suspeito fazia parte de grupo beneficiado pelo Saidão de Natal da Papuda. Polícia apura se ele teria se juntado a um comparsa para roubar o sargento da reserva João Batista da Conceição, que acabou morto

Sarah Peres

postado em 28/12/2020 22:53 / atualizado em 28/12/2020 23:00

O militar foi vítima de latrocínio — roubo seguido de morte —, na última quarta-feira (23/12) - (crédito: Reprodução)

Um dos suspeitos de ter participado do latrocínio — roubo seguido de morte — do policial militar da reserva João Batista da Conceição Melo prestou depoimento nesta segunda-feira (28/11). O homem estava entre os beneficiados pelo Saidão de Natal e se apresentou para voltar à Papuda, onde cumpre pena por dois homicídios, latrocínio, roubo e porte de arma.

Devido à suspeita de envolvimento no latrocínio do sargento da reserva, o homem prestou depoimento na 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia). Durante interrogatório, ele negou envolvimento no caso.

Mesmo se apresentando às autoridades, ele não ficou preso, pois chegou à unidade policial depois de decorrido o prazo para prisão em flagrante. As investigações prosseguem, para apurar eventual participação dele no crime, bem como para identificar o segundo envolvido.

Investigadores da 18ª DP identificaram que a dupla que cometeu o latrocínio recebeu informações privilegiadas sobre a vítima. Eles sabiam detalhes sobre os R$ 10 mil que o militar tinha, além das duas armas de fogo que o sargento da reserva guardava em casa, em Brazlândia.

O crime

João Batista foi morto na noite da última quarta-feira (23/12). O militar da reserva estacionava o carro na garagem de casa quando dois homens aproveitaram o momento para invadir o local. A família do policial foi rendida e trancada em um cômodo.

Depois de roubarem os R$ 10 mil e as armas de fogo, a dupla atirou no sargento, que ainda estava no carro. Depois, os dois homens fugiram. Um parente da vítima levou o PM ao Hospital Regional de Brazlândia (HRBz), mas ele não resistiu aos ferimentos.

Na noite de quinta-feira (24/12), a irmã do suspeito que prestou depoimento foi presa em Padre Bernardo (GO). Ela tentava esconder uma arma que teria sido usada para assassinar o militar. O objeto foi levado pela Polícia Militar para a Delegacia de Águas Lindas e passa por perícia.