PANDEMIA

Covid-19: enquanto casos crescem, isolamento diminui no DF

DF tem, ao menos, 5.789 pessoas que ainda estão com o novo coronavírus, além de 4.201 mortes. Pesquisa revela queda no isolamento

Alan Rios
postado em 28/12/2020 06:00
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)


O ano da pandemia se aproxima do fim com 248 mil infectados pela covid-19, no Distrito Federal. Desse total, 4.201 morreram por causa da doença, e 96% (238.553 pessoas) conseguiram se recuperar. Na noite de ontem, a Secretaria de Saúde (SES-DF) registrou mais três mortes e 615 contaminações. Os cálculos indicam a existência de, ao menos, 5.789 pessoas em fase de recuperação. Os que não resistiram às complicações da doença correspondem a 1,7% do total.

Apesar de os idosos fazerem parte do grupo com risco de desenvolver um quadro grave da covid-19, 948 pessoas com menos de 60 anos morreram na capital federal por causa da infecção. Entre as três vítimas confirmadas ontem, um paciente fazia parte da faixa etária de 40 a 49 anos. Os outros dois tinham mais de 70. Um morava em Brazlândia; outro, no Gama; e o terceiro, em Samambaia.

Na comparação por sexo, os homens correspondem à minoria (45,8%) dos infectados, mas são os que mais morrem (57,9%). O alerta vale para pessoas com doenças cardíacas, que somam 2.667 entre os que perderam a vida. Em relação às regiões administrativas com maiores índices, Ceilândia lidera com mais casos e óbitos. A cidade acumula 28.789 notificações e 753 vítimas. A incidência de mortes também é a maior do DF — 2,6%.

No Distrito Federal, a taxa de transmissibilidade do novo coronavírus encontra-se em 0,79, segundo boletim de ontem da SES-DF. O dado revela que um grupo de 100 indivíduos que carregam o micro-organismo é capaz de transmitir a doença para, em média, outras 79 pessoas. Quando a taxa de transmissão está abaixo de 1, a tendência é de queda no contágio. Em 3 de dezembro, o indicador era de 1,3.

Levantamentos relacionados à pandemia mostram uma relação direta entre o aumento de casos e a diminuição da quantidade de pessoas que respeitam o distanciamento social. A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira, mostrou que o percentual de moradores do DF rigorosamente isolados caiu de 13,08%, em outubro, para 8,71%, em novembro.

Entre as pessoas com 60 anos ou mais, também houve queda. Enquanto 34,4% deles estavam isolados de forma rigorosa em julho, apenas 14,5% se encontravam na mesma condição no mês passado. A Pnad Covid-19 também revelou que 736 mil brasilienses — 24% da população — tem alguma comorbidade e que mais da metade desse grupo (63,1%) é de idosos. Os problemas mais comuns foram hipertensão, diabetes, doenças pulmonares e cardíacas, além de depressão e câncer.

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