Coronavírus

Covid-19: DF tem a segunda maior taxa de mortes do país

Pesquisa aponta o DF com elevada média de óbitos para cada milhão habitantes. Capital só fica atrás do Rio de Janeiro

Alan Rios
postado em 18/12/2020 16:12 / atualizado em 19/12/2020 09:36
A segunda onda de covid-19 pode ser mais intensa do que a primeira, dizem especialistas -  (crédito: MINERVINO JUNIOR                    )
A segunda onda de covid-19 pode ser mais intensa do que a primeira, dizem especialistas - (crédito: MINERVINO JUNIOR )

A Universidade de Brasília (UnB), junto a outras instituições brasilieiras, emitiu nova nota técnica nesta sexta-feira (18/12) que mostra a situação crítica da pandemia no Distrito Federal. Segundo a pesquisa, o DF tem a segunda maior taxa de mortes do país em decorrência do coronavírus.

O grupo de pesquisadores calculou uma média de 1.350 óbitos por covid-19 a cada milhão de moradores da capital. O dado só fica abaixo das 1.394 mortes por milhão no Rio de Janeiro. Esses números estão ligeiramente acima da média nacional, de 867.

“Cabe comparar os valores da tabela com o mesmo índice para alguns outros países como os Estados Unidos (956 mortes/milhão), França (912 mortes/milhão), Alemanha (300 mortes/milhão), a fortemente atingida Espanha (1043 mortes/milhão) e Israel (332 mortes por milhão). Todos esses países já estão na ‘segunda onda’ da pandemia. No Brasil, como um todo, temos 867 mortos por milhão, no momento em que ainda se inicia a segunda onda”, alerta o texto da nota.

A análise das estatísticas desse começo da segunda onda, nacional e no DF, levanta uma preocupação com o sistema de saúde. “Se o Brasil seguir a tendência observada em outros países, a segunda onda que ora se inicia será ainda mais intensa que a primeira, com o complicante que essa retomada ocorre a partir de patamares ainda muito elevados de circulação do vírus SARS-CoV-2, e fatalmente resultará na sobrecarga do sistema de saúde, que já demonstra esgotamento em alguns locais”, diz o texto.

A pesquisa é realizada desde o início da pandemia por professores da UnB, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) e Universidade do Estado da Bahia (Uneb).

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