Patrimônio

MPDFT constata risco de desmoronamento no Conjunto Fazendinha

Relatório de peritos cita necessidades de "proteção emergencial" e "ação urgente dos órgãos competentes", com risco maior em três casas com "coberturas deterioradas e paredes sem proteção"

Alan Rios
postado em 17/12/2020 12:23 / atualizado em 17/12/2020 12:24
O Conjunto Fazendinha foi criado para receber engenheiros durante a construção de Brasília -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
O Conjunto Fazendinha foi criado para receber engenheiros durante a construção de Brasília - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Um relatório da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio e Patrimônio Cultural (Prodema) identificou risco de desmoronamento do Conjunto Fazendinha, na Vila Planalto. O complexo, tombado em 1988, possui cinco casarões de madeira que serviram para moradia de engenheiros que trabalharam na construção de Brasília.

Os promotores identificaram que três casas do Conjunto estão com “coberturas deterioradas e paredes sem proteção”, como aponta o relatório emitido pelos peritos do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A situação de vulnerabilidade também ficou clara com a observação de que, em alguns pontos, há escoramentos improvisados sustentando parte das coberturas.

A análise da estrutura cita uma “necessidade de proteção emergencial”. O complexo é administrado pelo Governo do Distrito Federal desde 2013 e a Subsecretaria do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura já havia elaborado um relatório de preservação em 2018. O MPDFT aponta ainda que, “embora tenham sido elaborados planos de preservação visando a manutenção do Conjunto Fazendinha, não foram feitas ações concretas que pudessem evitar o abandono das casas”.

“Outro problema apontado pelos peritos é a falta de manutenção básica, como limpeza e pintura. Por se tratar de construções de madeira, são mais suscetíveis à ação do tempo – chuva, sol e ventos. Portanto, necessitam de uma ação urgente dos órgãos competentes, com a adoção de métodos de conservação adequados”, aponta a promotoria.

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