O Partido Socialista Brasileiro (PSB) avaliará, na quinta-feira (17/12), a expulsão do deputado distrital José Gomes do partido. O processo foi instaurado na Comissão de Ética em virtude da condenação do deputado por ilícitos de natureza eleitoral: ele teria pressionado os empregados da REAL JG, sua empresa de prestação de serviços, para que o escolhessem como deputado distrital em 2018.
Além desta condenação, José Gomes também é alvo de operações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e da Polícia Civil, deflagradas nesta quarta-feira (16/12), que investigam envolvimento dele e do também socialista Roosevelt Vilela em crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, dispensa ilegal de licitação, prevaricação e de falsidade ideológica, na Administração Regional do Núcleo Bandeirante.
Em relação às novas investigações, o presidente regional do PSB, Rodrigo Dias, afirmou que o partido apoia e entende a importância das operações. "Não há nenhum processo prévio no nome do deputado Roosevelt Vilela, por isso, vamos esperar e acompanhar as operações e, caso haja evidências, vamos adotar as medidas necessárias", disse. O presidente ainda ressaltou que o PSB não "atura desvio ético ou moral" dentro do partido.
Relembre o caso
O deputado José Gomes (PSB), em primeiro mandato, foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal por abuso de poder econômico. Ele é acusado de pressionar os empregados de sua empresa de prestação de serviços para que escolhessem a sua candidatura a deputado distrital, em 2018.
Porém, uma liminar do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), o manteve no cargo e ele retornou à Câmara em 30 de outubro deste ano.
Ao conceder a liminar, Dias Toffoli, que já havia negado o pedido, afirmou: “Zeloso quanto ao risco de dano irreparável aos direitos políticos do requerente e à soberania popular (CF. art. 14), reconsidero a decisão anteriormente proferida para dar prosseguimento a esta petição”.
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