Na tarde desta segunda-feira (14/12), a lua colocou a própria sombra sobre o Hemisfério Sul. Por volta das 13h15, os brasilienses começaram a conferir o eclipse solar em diversas localidades da capital federal. O céu do Distrito Federal ficou com a cobertura de 8,5% de sua forma.
Ao projetar o eclipse em um papel branco, o físico e astrônomo Paulo Eduardo de Brito, 54 anos, professor da Universidade de Brasília (UnB), deixou o telescópio montado alguns minutos antes do eclipse. "Só direcionei para o Sol, com muito cuidado, para não olhar pela ocular. A Lua entrou e passou pelo Sol. O fenômeno teve a duração aproximada de 1h30", relata. Nos próximos dias, ele se prepara para acompanhar também o encontro de Júpiter com Saturno. "Eles de aproximam de 20 em 20 anos. A última vez que eles estiveram tão próximos foi na Idade Média", acrescenta.
O interesse de Paulo pela astronomia começou há 17 anos, quando o filho estudava o sistema solar na escola, aos nove anos. "A professora dele sabia que eu era físico e me pediu para dar uma aula sobre o sistema solar. Desde então, sempre estive envolvido com a temática. Atualmente, coordeno o projeto de extensão Escola nas estrelas, há 12 anos, na UnB."
"O fenômeno ficou muito parecido com uma maçã mordida", conta o astrônomo Adriano Leonez, 33 anos. "Ainda bem que o tempo estava bastante quente, aberto e com poucas nuvens. Foi mais produtivo do que em 2016, quando acompanhei o último eclipse, já que o céu estava nublado", lembra. Para observar o eclipse nesta tarde, ele utilizou uma câmera fotográfica. "Coloquei uma chapa de raio-X adaptada na frente da lente com fita adesiva, que filtrou a claridade e não distorceu as fotos".
Veja as fotos do eclipse solar:
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