A um dia do leilão da Companhia Energética de Brasília (CEB), o governador Ibaneis Rocha (MDB) disse esperar que o processo “transcorra da melhor forma possível e a gente alcance o melhor preço na Bolsa de Valores”. Na avaliação do emedebista, a privatização vai melhorar a iluminação pública do Distrito Federal. O valor inicial de venda deve ser de R$ 1,4 bilhão. Porém, o governo espera ganhar até R$ 2,5 bilhões.
“Já tem três empresas que se habilitaram. Nós contamos que, com isso, a gente ultrapasse essa fase, tire da CEB desse risco constante que ela tem de perda da concessão e a gente consiga avançar na melhoria da iluminação pública no DF”, afirmou em entrevista no Palácio do Buriti, após sancionar lei que regulariza cinco mil lotes rurais.
A privatização da CEB tem provocado reações entre políticos e trabalhadores da companhia. Nessa quarta-feira (2/12), nove parlamentares, entre senadores e deputados distritais, pediram recurso da decisão da 7ª Vara da Fazenda Pública que negou uma liminar para suspender a venda da companhia.
O documento foi assinado pelos deputados federais Erika Kokay (PT), Professor Israel Batista (PV), Paula Belmonte (Cidadania); os senadores Izalci Lucas (PSDB), Leila Barros (PSB), Reguffe (Podemos); e os deputados distritais Fábio Felix (PSol), Arlete Sampaio (PT) e Chico Vigilante (PT).
Para os autores do recurso, a efetivação do leilão da CEB deve ser precedida de autorização legislativa.
Trabalhadores da empresa também se manifestaram contra a venda. Na semana passada, eles promoveram um ato em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e convocaram greve. Segundo o Sindicato dos Urbanitários do DF, a venda da CEB "causará efeito devastador no sistema elétrico da capital federal e aumento abusivos na conta de energia dos brasilienses. A exemplo do Amapá, que, há mais de 20 dias, sofre com o apagão que atingiu 90% da população, outros estados também arcam com as consequências da precariedade no fornecimento de energia elétrica devido à privatização".
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